A Foxconn, uma das maiores fabricantes de produtos eletrônicos do mundo e principal fornecedora da Apple, está sendo investigada pelas autoridades na China por questões fiscais e de uso de terras.
A empresa, que tem sede em Taiwan, possui fábricas de iPhone em várias províncias chinesas, onde emprega milhões de trabalhadores.
A investigação surge em meio às pretensões políticas de Terry Gou, fundador e presidente da Foxconn, que anunciou que vai se candidatar à presidência de Taiwan como independente. Gou é um bilionário que tem negócios na China, mas que defende a soberania de Taiwan. Ele disse que não vai se deixar pressionar por Pequim e que quer garantir a paz no estreito de Taiwan.
A China considera Taiwan uma província rebelde e ameaça usar a força para anexá-la. Taiwan, por sua vez, rejeita a soberania chinesa e busca manter sua autonomia política e econômica. A situação se agravou nos últimos anos, com o aumento das incursões militares chinesas no espaço aéreo e marítimo de Taiwan. Os Estados Unidos apoiam Taiwan e fornecem armas e assistência à ilha.
A investigação na Foxconn também reflete a crescente pressão da China sobre as empresas estrangeiras que operam no país. A China tem usado medidas legais e regulatórias para coibir atividades que considera prejudiciais à sua segurança nacional ou aos seus interesses geopolíticos. Algumas empresas estrangeiras têm sido alvo de buscas, detenções, multas e restrições comerciais.
A Foxconn disse em comunicado que cumprir a lei era um de seus “princípios básicos” e que vai cooperar com as investigações. A empresa não informou se as investigações afetaram sua produção ou seus planos futuros. A Apple não se pronunciou sobre o assunto.