A China alcançou um marco histórico na ciência mundial: pela primeira vez, o país asiático superou os Estados Unidos em contribuição para artigos de pesquisa publicados em um grupo de revistas de ciências naturais de alta qualidade, segundo o Nature Index.
O Nature Index é uma base de dados que rastreia as afiliações dos autores de 82 revistas selecionadas por um grupo independente de pesquisadores ativos, que representam o consenso da elite das publicações nas ciências naturais. O índice mede a participação dos países nos artigos publicados nessas revistas, levando em conta a porcentagem de autores de cada nação em cada paper.
De acordo com os dados do Nature Index, referentes ao período de janeiro a dezembro de 2022, a China teve uma participação de 19.373, contra 17.610 dos Estados Unidos. Isso significa que os autores chineses tiveram uma presença maior nos artigos de alto impacto nas áreas de física, química, ciências da Terra e ambientais e ciências da vida.
Esse resultado confirma a tendência de crescimento acelerado da China na produção científica de qualidade, que já vinha sendo apontada por outros indicadores, como o número de citações e o volume de publicações. A China também lidera em investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D), com cerca de 2,4% do seu Produto Interno Bruto (PIB) destinado a essa área, enquanto os Estados Unidos investem cerca de 2,8%.
A ascensão da China na ciência mundial tem implicações importantes para a geopolítica, a economia e a inovação. O país asiático tem se destacado em áreas estratégicas, como inteligência artificial, biotecnologia e energia renovável, e tem ampliado sua colaboração internacional com outros países e regiões. Além disso, a China tem se posicionado como um defensor do multilateralismo e da cooperação científica para enfrentar os desafios globais, como as mudanças climáticas e a pandemia de covid-19.
O desempenho da China no Nature Index também reflete o aumento da qualidade e da relevância da sua pesquisa para a sociedade. Segundo Caroline Wagner, pesquisadora de ciência e política na Ohio State University, que publicou um estudo sugerindo que a China superou os Estados Unidos nos artigos mais citados, “quando medido em simples bibliometria como produtividade e citações, a China superou as expectativas”.
O Nature Index é uma ferramenta útil para acompanhar o desenvolvimento da ciência mundial e comparar o desempenho dos países em diferentes áreas do conhecimento. No entanto, ele não deve ser usado isoladamente ou como um ranking definitivo da qualidade científica. Outros fatores, como o impacto social, econômico e ambiental da pesquisa, também devem ser considerados na avaliação da ciência.
Fonte: Link.
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