Cientistas dos EUA e do Brasil apresentaram uma hipótese de que 2,6 milhões de anos atrás, a uma distância de 50 parsecs (163 anos-luz), uma supernova explodiu causando a extinção em massa de animais na Terra no final do Plioceno.
De acordo com cientistas Franciole Marinho, Laura Paulucci e Adrian Melott, grandes animais como o megalodon (uma espécie de tubarão gigante) poderiam ter se extinguido por causa da “chuva” de partículas pesadas, diz-se no artigo publicado na revista Astrobiology.
Os cientistas mostraram que em rochas terrestres datadas de 2,6 milhões de anos atrás há um pico no conteúdo de radioisótopos de ferro-60, cujos núcleos caem na Terra sob a forma de radiação cósmica.
A quantidade de material radioativo pode ser avaliada pela intensidade dos raios cósmicos secundários — fluxos descendentes de partículas (múons) que ocorrem na atmosfera aquando da interação com partículas cósmicas de alta energia.
Os cientistas estimam que a radiação dos múons penetrava um quilômetro nas profundezas do oceano e excedia os valores normais, fazendo assim com que os grandes animais marinhos recebessem altas doses de radiação ao longo da vida.
Os cientistas não sabem ao certo se a radiação cósmica foi causada por uma única supernova ou se por uma série de explosões, mas há evidências de que havia várias supernovas.
O nosso Sistema Solar está localizado no extremo de uma espécie de bolha, uma região de gás quente rarefeito que se estende por 300 anos-luz. Acredita-se que o sistema tenha sido formado por supernovas que explodiram há 10 — 12 milhões de anos atrás, mas a radiação cósmica que elas emitiram poderia ter ricocheteado nas paredes da bolha e irradiado a Terra durante milhões de anos posteriores.