Cientistas da NASA descobriram que o derretimento do permafrost – solo permanentemente congelado – na Sibéria e no Alasca foi drasticamente acelerado devido à formação de lagos termocársticos, relata o jornal Science Alert.
Lagos termocársticos são depressões repletas de água que surgem do derretimento do permafrost, localizado na profundidade do solo. O aparecimento desses lagos perturba o equilíbrio da temperatura, devido ao fato de que a água contribui para o aquecimento do solo. Como resultado, há uma reação favorável, que aumenta o derretimento do permafrost na estação quente do ano.
Os pesquisadores, na área de tais lagos, o permafrost pode derreter a 15 metros de profundidade em vez de alguns centímetros. O problema é que esse fenômeno é observado onde a criolitizona (camada que inclui o permafrost) não foi exposta a temperaturas altas por dezenas de milhares de anos.
Os pesquisadores descobriram que a formação de termocársticos aumenta as emissões de dióxido de carbono contido no permafrost de 125% a 190% em comparação com as quantidades de dióxido de carbono que são liberadas com o derretimento gradual. Os cientistas afirmam que esses resultados mostram que os modelos existentes de mudança climática devem ser complementados para avaliar mais adequadamente as consequências do efeito estufa e aquecimento global.
Anteriormente, cientistas da Universidade Livre de Amsterdã destacaram que o derretimento do permafrost poderia levar a um aumento na quantidade de carbono emitido na atmosfera, o que aumentará a taxa de aquecimento do clima e ampliará os fenômenos catastróficos associados, como secas, inundações e geadas extremas.