A descoberta foi publicada no Anuário da Academia Nacional de Ciências e mostram que o gelo perto do polo sul da lua está contido principalmente nas crateras lunares. No norte, o gelo foi distribuído mais amplamente pela superfície.
A descoberta inicial de gelo na Lua foi feita por uma missão conjunta entre a NASA e o Instituto de Investigação Espacial da Índia (ISRO). A espaçonave ISRO Chandrayaan-1 entrou em órbita ao redor da lua em 2008, e a nave lançou uma sonda de impacto que atingiu a superfície lunar em novembro daquele ano.
O impacto revelou a água congelada sob a superfície da lua e observações adicionais sugeriram que ela também poderia estar na superfície perto dos polos.
Em 2010, os cientistas relataram que os dados da Chandrayaan-1 indicaram 40 crateras permanentemente escurecidas na superfície da Lua, levando a estimativas de 600 milhões de toneladas métricas de água gelada.
Um estudo mais aprofundado dos dados do instrumento Moon Mineralogy Mapper (M3), da NASA, sobre a espaçonave, levou a evidências diretas e definitivas desse gelo. Foi aí que um espectrômetro de imagens criou o primeiro mapa mineralógico da superfície lunar.
A nova descoberta significa que futuras missões à Lua poderiam acessar o gelo, apoiando astronautas durante estadias prolongadas. De acordo com um relatório da NASA JPL, “a água poderia ser acessada como um recurso para futuras expedições para explorar e até ficar na Lua, e potencialmente mais fácil de acessar do que a água detectada sob a superfície da lua”.
Com uma nova pesquisa sugerindo que a Lua pode até mesmo ter abrigado a vida, fica claro que há muito o que aprender sobre o vizinho mais próximo da Terra.