Ele foi encontrado ao norte de Myanmar, e contém ao menos 40 outras criaturas em seu interior.
É incrivelmente raro encontrar vida marinha presa em âmbar, pois a resina fossilizada é produzida por árvores terrestres.
“A descoberta foi uma grande surpresa”, afirmou o professor Bo Wang, do Instituto de Geologia e Paleontologia de Nanquim ao jornal The Independent.
“Nós nunca imaginamos que encontraríamos um amonite em um âmbar. Esse é o primeiro registro de amonite em âmbar, além de ser o primeiro macro fóssil marinho em âmbar”, ressaltou o professor.
Todas as conchas no âmbar estão vazias e não possuem tecido mole, conforme os pesquisadores do Instituto da Academia Chinesa de Ciências, o que, segundo eles, prova que os organismos estavam mortos há muito tempo quando foram sugados pela resina.
Além disso, a concha estava quebrada e cheia de areia, o que leva os cientistas a acreditarem que ela teria sido arrastada por uma praia arenosa coberta com conchas, que estavam nas proximidades das árvores.
O espécime possui insetos voadores, que provavelmente ficaram presos pela resina enquanto escorria pela árvore.
O amonite possui 33 milímetros de comprimento, 9,5 milímetros de largura, 29 milímetros de altura e pesa 6,08 gramas, escorreu pelo tronco, prendendo os organismos próximos da árvore e enterrando as conchas ao chegar à praia.
Para a descoberta, os cientistas utilizaram a tomografia computadorizada de raios X para obter imagens de alta resolução do amonite.
Amonites fazem parte de um grupo extinto de moluscos cefalópodes, que ocupavam o nicho das atuais lulas.