Os Correios anunciaram nessa terça-feira (28/02) um reajuste médio de 8% no valor do frete. Desta forma, o transporte de encomendas irá ficar mais caro e comprar pela internet poderá não ser tão vantajoso.
O percentual de aumento se refere especificamente aos objetos postados entre capitais brasileiras e nos âmbitos local e estadual.
O Mercado Livre, empresa de comércio eletrônico que depende profundamente dos serviço postal ficou tão insatisfeito com a mudança, que iniciou uma campanha chamada #FreteAbusivoNao. Segundo a empresa, o aumento de 8% anunciado conta apenas uma parte da história: o aumento de preço pode chegar a até 51% dependendo das localidades envolvidas na entrega.
“O aumento máximo do frete acontecerá justamente para vendedores que moram ou atendem clientes fora dos grandes centros, podendo chegar a 51%. Quer um exemplo? O valor de frete de um produto enviado de São Paulo para Joinville, que hoje custa cerca de R$ 40,00, passará a ser R$ 57,00”, diz o site da campanha.
Os Correios, por sua vez, afirmam que o reajuste é parte de uma revisão anual dos preços, “baseada no aumento de custos relacionados à prestação de serviços, incluindo transporte, pagamento de pessoal, aluguéis de imóveis, combustíveis, contratação de recursos para segurança, entre outros”.
Além disso, a transportadora julgou a campanha falaciosa e amparada em dados tendenciosos. “Comparar o preço de frete praticado no Brasil com os países vizinhos, como faz o site, é tendencioso e pode levar o consumidor a acreditar em uma falsa premissa. O maior dos países citados – a Argentina – tem cerca de um terço da extensão territorial do Brasil e 40% de toda a sua população concentrada na região metropolitana de Buenos Aires.”