Um novo estudo publicado na revista Nature Ecology and Evolution mostra como a inteligência artificial (IA) pode ser usada para revelar características ocultas sobre as plantas do nosso planeta e ajudar a proteger as espécies em risco de extinção.
Os pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, e do Jardim Botânico Real de Kew, na Inglaterra, desenvolveram um algoritmo de aprendizado de máquina que analisou mais de 150 mil imagens de plantas de diferentes regiões do mundo. O algoritmo foi capaz de identificar padrões e correlações entre as formas, cores, texturas e habitats das plantas, que muitas vezes escapam ao olho humano.
Com esses dados, os cientistas criaram um mapa global da diversidade funcional das plantas, ou seja, da variedade de funções ecológicas que elas desempenham no ambiente. Por exemplo, algumas plantas são mais adaptadas à seca, outras à polinização por insetos, outras à dispersão por animais.
O mapa revelou que as regiões mais ricas em diversidade funcional das plantas são as florestas tropicais da América do Sul, da África e da Ásia, que abrigam espécies com formas e funções muito variadas. Por outro lado, as regiões mais pobres em diversidade funcional são as zonas áridas e frias, como os desertos e as tundras, que possuem espécies com formas e funções mais semelhantes.
Os autores do estudo afirmam que o mapa pode ser uma ferramenta útil para orientar a conservação das plantas, pois indica quais regiões são mais vulneráveis à perda de biodiversidade e quais espécies são mais importantes para manter o equilíbrio dos ecossistemas. Além disso, o algoritmo pode ser usado para prever como as plantas podem se adaptar às mudanças climáticas e ambientais no futuro.
Segundo o professor Alexandre Antonelli, diretor de ciência do Jardim Botânico Real de Kew e coautor do estudo, a inteligência artificial é uma aliada poderosa para entender e proteger a natureza. “Estamos vivendo uma crise sem precedentes na história da humanidade, com a extinção de milhares de espécies vegetais que sustentam a vida no planeta. A inteligência artificial nos permite ver o mundo com novos olhos e descobrir aspectos incríveis da diversidade das plantas que podem nos ajudar a salvar o nosso patrimônio natural”, disse ele em um comunicado à imprensa.
O estudo é parte de um projeto maior chamado Plants Under Pressure (Plantas Sob Pressão), que visa usar a tecnologia para mapear a distribuição e o estado de conservação das plantas em todo o mundo. O projeto é financiado pela Fundação Garfield Weston e pela Fundação Sackler.
Fonte: Link.
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