Você sabia que os humanos modernos não se originaram de uma única região da África, mas de múltiplas populações ancestrais espalhadas pelo continente?
Essa é a conclusão de um estudo publicado na revista Nature, que explorou a diversidade dos genomas humanos usando novos softwares e dados genômicos de populações africanas e europeias, além de DNA neandertal.
O estudo desafia a ideia amplamente aceita de que os humanos surgiram de um único ponto na África, baseada em parte em registros fósseis. Mas essa teoria não se encaixa bem nos dados, diz Eleanor Scerri, arqueóloga evolutiva do Instituto Max Planck de Geoantropologia em Jena, Alemanha. As ferramentas e traços físicos atribuídos ao Homo sapiens aparecem em toda a África em torno de um período similar. Se os humanos tivessem se irradiado de uma única localização, os arqueólogos esperariam ver fósseis mais recentes mais distantes de um ponto central, e mais antigos mais próximos dele.
Os modelos usados no estudo sugerem que os humanos se originaram de uma espécie ancestral comum, mas geneticamente ligeiramente diferente, que tinha populações locais que se intercruzaram por milênios, compartilhando quaisquer diferenças genéticas que haviam evoluído. Eles também se moveram pela África ao longo do tempo. “Nossas raízes estão em uma população geral muito diversa, composta por populações locais fragmentadas”, diz Scerri. O entrelaçamento desses ramos, apenas fracamente separados por genética, deu origem a um conceito de evolução humana que os pesquisadores descreveram como um “tronco fracamente estruturado” – mais como uma videira emaranhada do que uma “árvore da vida”.
O estudo contribui com mais evidências para a ideia de que não há um único berço na África, e que a evolução humana é um processo com raízes africanas muito profundas. Ele também mostra como o avanço da tecnologia e da disponibilidade de dados pode ajudar a esclarecer questões ainda não resolvidas sobre as origens humanas.
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