Os ciclones extratropicais são fenômenos meteorológicos que ocorrem nas regiões de média e alta latitude, fora dos trópicos, e que podem causar ventos fortes, nuvens carregadas e chuvas intensas.
Eles são diferentes dos furacões, que se formam nos trópicos e têm ventos mais violentos.
Os ciclones extratropicais se formam pela diferença de temperatura entre massas de ar frio e quente. Quando essas massas se encontram, elas geram uma área de baixa pressão atmosférica, que faz o ar girar em torno de um centro. Esse movimento é chamado de ciclone.
Mas o que o efeito estufa tem a ver com isso?
O efeito estufa é um processo natural que ocorre quando alguns gases na atmosfera, como o dióxido de carbono, o metano e o vapor de água, retêm parte da radiação solar que chega à Terra. Isso faz com que a temperatura do planeta fique adequada para a vida.
No entanto, a atividade humana tem aumentado a emissão desses gases, principalmente pela queima de combustíveis fósseis, como o petróleo, o carvão e o gás natural. Isso tem intensificado o efeito estufa e causado o aquecimento global, que é o aumento da temperatura média da superfície terrestre.
O aquecimento global tem várias consequências para o clima, como o derretimento das geleiras, a elevação do nível do mar, a alteração dos padrões de chuva e a intensificação de eventos extremos, como secas, enchentes e tempestades.
E é aí que entra a relação com os ciclones extratropicais. Segundo alguns estudos científicos, o aquecimento global tem contribuído para o surgimento de ciclones extratropicais mais intensos e frequentes, especialmente no hemisfério sul.
Isso acontece porque o aumento da temperatura da superfície do mar faz com que mais umidade seja evaporada para a atmosfera. Essa umidade forma nuvens mais densas e carregadas, que podem provocar chuvas mais fortes. Além disso, o contraste térmico entre as massas de ar fica mais acentuado, gerando mais instabilidade atmosférica.
Esses fatores favorecem a formação e a intensificação dos ciclones extratropicais, que podem causar danos materiais e humanos nas áreas afetadas. Por exemplo, em junho de 2020, um ciclone extratropical atingiu os estados do Sul do Brasil, deixando mais de 10 mortos e milhares de desabrigados.
Portanto, podemos concluir que o efeito estufa tem sim alguma influência sobre os ciclones extratropicais, pois ambos estão relacionados às mudanças climáticas que afetam o planeta. Para reduzir esses impactos, é preciso diminuir as emissões de gases de efeito estufa e buscar formas de energia mais limpas e sustentáveis.