Segundo um estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, mais de 500 milhões de anos atrás, os primeiros vertebrados adquiriram um gene bacteriano que permitiu a evolução da sua resposta à luz.
O gene em questão se chama IRBP (sigla em inglês para proteína de ligação de retinoides inter-fotorreceptores) e é essencial para o funcionamento da retina, a camada de células sensíveis à luz que reveste o fundo do olho. O IRBP atua como um transportador de moléculas derivadas da vitamina A entre os fotorreceptores e o epitélio pigmentar da retina, uma fina camada de células que recupera e regenera essas moléculas após a exposição à luz.
Os pesquisadores descobriram que o IRBP dos vertebrados é muito semelhante a uma classe de genes bacterianos chamados peptidases, cujas proteínas reciclam outras proteínas. Eles propõem que, há mais de 500 milhões de anos, micróbios transferiram um gene de peptidase para um ancestral comum de todos os vertebrados vivos. Uma vez incorporado, o gene perdeu sua função original de reciclagem e se duplicou duas vezes, explicando por que o IRBP tem quatro cópias do DNA peptidase. Além disso, outras mutações transformaram a proteína em uma molécula capaz de escapar das células e servir como um transportador.
Esse caso ilustra a importância da transferência horizontal de genes, um fenômeno em que organismos adquirem genes de outras espécies. Esses genes podem fornecer novas funções ou melhorar as existentes, favorecendo a adaptação e a diversificação dos seres vivos. No caso do IRBP, os autores sugerem que ele pode ter contribuído para a eficiência e a versatilidade da visão dos vertebrados, permitindo-lhes explorar diferentes ambientes e condições de iluminação.
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