Você sabia que uma árvore da Amazônia pode ajudar a extrair ouro de forma mais sustentável? É o que está sendo testado pela Embrapa Florestas, em parceria com outras instituições de pesquisa e ensino.
Eles estão avaliando a eficiência de quatro compostos extraídos de folhas do pau-de-balsa (Ochroma pyramidale) em substituição ao uso de mercúrio na mineração do ouro.
O mercúrio é um metal altamente tóxico que é usado para separar o ouro de outros minerais presentes nos resíduos de mineração. Porém, esse processo gera graves impactos ambientais e à saúde humana, pois o mercúrio se acumula na cadeia alimentar e pode causar danos ao sistema nervoso, renal e reprodutivo.
O pau-de-balsa é uma espécie nativa da Amazônia, cuja seiva é usada por mineradores artesanais na Colômbia para separar ouro de forma artesanal. A Embrapa Florestas identificou quatro compostos presentes nas folhas da árvore que têm potencial para fazer o mesmo trabalho que o mercúrio, mas de forma mais ecológica.
Os compostos serão testados em um garimpo em Peixoto de Azevedo, em Mato Grosso, para verificar sua eficácia e competitividade com o metal. Caso os resultados sejam promissores, a ideia é reflorestar áreas usadas por garimpo com o pau-de-balsa para estimular a exploração mais sustentável do ouro.
Segundo a química Marina Morales, responsável pelo estudo, o objetivo do projeto é obter um composto que possa ser usado por pequenas empresas mineradoras – e não apenas em garimpos artesanais. Ela afirma que essa é uma forma de contribuir para a redução do uso de mercúrio na mineração do ouro e para a preservação da biodiversidade da Amazônia.
Fonte: Link.
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