A Copa da Rússia poderá ter mais pênaltis com a participação, pela primeira vez, dos árbitros de vídeo, o que exigirá mais dos goleiros. A conclusão é do preparador de goleiros da seleção brasileira, Cláudio Taffarel. Ele participou de coletiva, na tarde desta terça-feira (22), na Granja Comary, em Teresópolis.
“A gente vê uns lances em que foi pênalti e o juiz não viu, mas com a prova da televisão, provavelmente aconteçam mais pênaltis. Então a gente vai ter que se preparar bastante mesmo. Nós vamos focar muito nesta questão, porque vai ser importante durante a Copa”, disse Taffarel, ao lado do outro preparador de goleiros da seleção, Rogério Maia.
Participação dos goleiros
Rogério frisou que o futebol moderno mudou muito nos últimos anos e atualmente a participação do goleiro não é exclusivamente defender o gol, mas jogar bastante com os pés, armando jogadas e fazendo a ligação rapidamente com os jogadores de meio-campo.
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“Com a evolução do futebol mundial, o número de participação do goleiro com os pés é muito elevado, em comparação com décadas anteriores. Antigamente o goleiro tinha de bater um tiro de meta, fazer uma reposição, hoje em dia ele é acionado muito com bolas recuadas, com passes curtos, de média e de longa distância”, disse Rogério.
Titular “iluminado”
Taffarel elogiou bastante o titular Alisson, a quem classificou como “iluminado”, e definiu que o segundo goleiro será mesmo Ederson, mas frisou que a posição poderá mudar, dependendo do condicionamento de Cássio, atualmente o terceiro na posição.
“A definição final é do Tite. O Alisson e o Ederson sempre estavam na lista. Consequentemente, seriam o primeiro e o segundo. O Cássio se juntou a este grupo. Isso não quer dizer que chega aqui como terceiro e não pode ser um primeiro. Tudo depende do trabalho, da continuidade, do que eles vão produzir aqui dentro. É lógico que o Alisson, pela sequência de jogos que fez, pelo trabalho no Roma, acho que ele está entre os melhores goleiros do mundo, vai ter a vantagem de ser considerado o titular, mas depende dele mostrar isso até a nossa estreia na Copa”, disse Taffarel, tetracampeão do mundo em 1994.