Há 27 anos, em 5 de julho de 1996, nascia Dolly, a primeira ovelha clonada a partir de uma célula adulta.
O feito foi anunciado ao mundo em 1997 e causou grande repercussão na mídia e na sociedade. Dolly se tornou um símbolo da biotecnologia e abriu caminho para novas pesquisas na área da clonagem animal.
A clonagem animal consiste em produzir cópias geneticamente idênticas de um animal, usando uma técnica chamada transferência nuclear de células somáticas (TNCS). Essa técnica envolve retirar o núcleo de uma célula do animal que se quer clonar (doador) e inseri-lo em um óvulo sem núcleo (receptor). O óvulo é então estimulado eletricamente para se desenvolver em um embrião, que é implantado no útero de uma fêmea da mesma espécie (barriga de aluguel).
A clonagem animal tem diversas aplicações na ciência e na medicina. Por exemplo, ela pode ser usada para criar animais com características genéticas desejadas, como resistência a doenças, maior produtividade ou melhor qualidade da carne. Ela também pode ser usada para criar animais com doenças humanas, como diabetes ou Alzheimer, para estudar os mecanismos e os tratamentos dessas condições. Além disso, ela pode ser usada para criar animais com anticorpos humanos, que podem ser usados para produzir medicamentos.
A clonagem animal também pode ser combinada com a edição de genoma, uma ferramenta poderosa para alterar o DNA dos organismos. A edição de genoma usa enzimas chamadas nucleases, que podem cortar e colar trechos específicos do DNA. Uma das nucleases mais usadas atualmente é o CRISPR, que usa uma molécula de RNA para guiar a enzima até o local desejado no DNA. Com essa combinação, é possível criar animais com mutações ou inserções genéticas específicas.
Apesar do legado de Dolly, a clonagem animal ainda é um campo pouco divulgado e reconhecido pela sociedade. Muitas pessoas têm dúvidas ou receios sobre os aspectos éticos, legais e sociais da clonagem animal.
Alguns cientistas também enfrentam dificuldades técnicas e financeiras para realizar seus projetos.
No entanto, alguns pesquisadores continuam apostando na clonagem animal como uma ferramenta valiosa para avançar o conhecimento e melhorar a saúde humana e animal.