Pelo menos 41 mortes relacionadas à nova epidemia de febre hemorrágica ebola foram registradas no nordeste da República Democrática do Congo (RDC). O número foi anunciado nesta terça-feira (14) em Genebra pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Os dados da OMS também constatam que uma vítima fatal foi registrada na província de Ituri. Essa é primeira vez, desde o anúncio do surto no início de agosto, que uma morte é assinalada fora da província de Kivu do Norte, quase na fronteira com Uganda, onde os casos estavam concentrados até agora. Além disso, esse também é o primeiro caso em “uma zona muito povoada e em situação de conflito intenso”, afirmou a Organização Mundial da Saúde em um comunicado. O surto acontece em uma região que é palco há anos de conflitos, com a presença de grupos armados, como o Allied Democratic Forces ugandês.
“A OMS pede um acesso livre e seguro para que todos os atores envolvidos na resposta a esta epidemia possam atender as populações afetadas”, afirmou o diretor-geral da agência da ONU, Tedros Adhanom Ghebreyesus, ao final de uma visita ao país africano.
As autoridades congolesas, por sua vez, informaram que equipes médicas em Beni e Mangina, epicentro do surto, começaram a usar a molécula terapêutica Mab114 para tratar os doentes. “É a primeira molécula terapêutica contra o vírus a ser usada em uma epidemia de ebola ativa na RDC”, afirmaram fontes do governo local.
Segundo um porta-voz do ministério congolês da Saúde, dos 41 mortos registrados até agora, pelo menos 14 foram confirmados com sendo diretamente ligados à febre hemorrágica. Os demais são casos de pessoas que morreram e tiveram seus cadáveres enterrados antes de serem examinadas, mas que manifestaram os sintomas da doença.
Esta é a segunda epidemia do vírus no país desde 1976. (Com informações da AFP)