Elizabeth Holmes foi uma das empreendedoras mais celebradas do Vale do Silício, fundadora da Theranos, uma startup de saúde que prometia revolucionar o diagnóstico de doenças com uma simples gota de sangue.
Elizabeth Holmes tinha apenas 19 anos quando abandonou a Universidade de Stanford para fundar a Theranos, uma empresa que pretendia mudar o mundo com uma tecnologia inovadora: um dispositivo chamado Edison, capaz de realizar centenas de exames médicos com apenas algumas gotas de sangue retiradas do dedo do paciente.
A ideia parecia genial: um teste rápido, barato e menos invasivo do que os métodos tradicionais, que poderia detectar doenças como câncer, diabetes e HIV. Holmes afirmava que o Edison era baseado em uma ciência sólida e patenteada, e que tinha o potencial de salvar milhões de vidas.
Com seu carisma, sua visão ousada e seu estilo inspirado em Steve Jobs (o lendário fundador da Apple), Holmes conquistou a admiração e o apoio de figuras influentes do mundo dos negócios, da política e da mídia. Ela levantou mais de US$ 700 milhões de investidores como Henry Kissinger, Rupert Murdoch e Betsy DeVos. Ela fechou parcerias com grandes redes de farmácias e hospitais. Ela foi capa de revistas como Forbes, Fortune e Time, que a apelidaram de “a mais jovem bilionária self-made do mundo” e “a nova Steve Jobs”.
Em 2014, a Theranos foi avaliada em US$ 9 bilhões, e Holmes tinha uma fortuna estimada em US$ 4,5 bilhões. Ela era vista como um exemplo de sucesso e inovação no Vale do Silício, o polo tecnológico dos Estados Unidos.
Mas havia um problema: a tecnologia da Theranos não funcionava como Holmes prometia. Na verdade, ela mal funcionava. O Edison era incapaz de realizar a maioria dos exames com precisão e confiabilidade. A empresa usava máquinas de outras empresas para fazer os testes, muitas vezes diluindo o sangue dos pacientes para obter resultados. Os dados eram manipulados ou omitidos para esconder as falhas. Os funcionários que questionavam ou denunciavam as irregularidades eram demitidos ou intimidados.
A farsa começou a ser desmascarada em 2015, quando o jornal The Wall Street Journal publicou uma série de reportagens investigativas sobre a Theranos, revelando as fraudes e os riscos que a empresa representava para a saúde pública. A partir daí, a empresa entrou em colapso: perdeu clientes, parceiros e investidores; foi alvo de processos judiciais, multas e sanções; teve que fechar seus laboratórios e dispensar centenas de funcionários; e viu seu valor despencar para quase zero.
Em 2018, Holmes e seu ex-namorado e ex-sócio Ramesh “Sunny” Balwani foram indiciados por fraude eletrônica e conspiração para fraudar investidores, médicos e pacientes. Eles se declararam inocentes e alegaram que agiram de boa-fé, mas não convenceram o júri. Em janeiro de 2022, Holmes foi condenada a 11 anos de prisão. Balwani ainda aguarda julgamento.
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