O endividamento das famílias brasileiras continua em um patamar elevado, segundo dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), 78,3% das famílias tinham algum tipo de dívida em abril de 2023, o mesmo percentual registrado em março. Em relação a abril de 2022, houve um aumento de 1,8 ponto percentual.
A pesquisa considera como dívidas as despesas declaradas com cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa, ainda que estejam em dia. O cartão de crédito foi o principal tipo de dívida para 81% das famílias endividadas, seguido por carnês (16%) e financiamento de carro (10%).
O percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso também se manteve estável em 25% na comparação mensal. Já na comparação anual, houve uma queda de 0,9 ponto percentual. Entre as famílias com contas em atraso, o tempo médio de atraso foi de 63 dias.
A pesquisa também mostrou que o percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes aumentou na comparação mensal, passando de 10% em março para 10,4% em abril. Em relação a abril do ano passado, houve uma redução de 0,2 ponto percentual.
Para a CNC, os resultados da pesquisa refletem os efeitos da pandemia da covid-19 sobre a renda das famílias e o mercado de trabalho. A entidade defende a aceleração da vacinação e a adoção de medidas que facilitem o acesso ao crédito como formas de amenizar o endividamento e estimular o consumo.
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