Os trabalhadores que fazem entregas por aplicativos como Ifood, Uber Eats e Rappi estão insatisfeitos com as condições de trabalho, pagamento e segurança oferecidas pelas plataformas digitais.
Por isso, eles decidiram fazer uma greve nacional no próximo dia 29 de setembro, que pode se estender até o dia 1º de outubro.
A categoria reivindica uma taxa fixa mínima de entrega, por quilômetro rodado, que cubra os custos com combustível, manutenção e impostos. Além disso, eles pedem mais transparência na forma de remuneração e o fim dos bloqueios e exclusões indevidas dos aplicativos.
Segundo os sindicatos de motoboys de São Paulo, Rio de Janeiro e do Distrito Federal, as empresas não aceitaram negociar as demandas dos entregadores e ofereceram valores muito abaixo do esperado. As plataformas alegam que os trabalhadores são autônomos e não têm vínculo empregatício com elas.
O governo federal também se envolveu na questão e prometeu enviar um projeto de lei para regulamentar o trabalho por aplicativo. A proposta deve estabelecer um valor mínimo por hora trabalhada e uma contribuição previdenciária para os entregadores. No entanto, os sindicatos não concordam com a iniciativa e afirmam que o governo deveria fazer cumprir as leis trabalhistas existentes.
A greve dos entregadores pode afetar milhões de consumidores que dependem dos serviços de entrega para receber comida, compras e outros produtos em casa. Os sindicatos esperam que a mobilização faça as empresas reconhecerem a importância dos trabalhadores e atenderem às suas reivindicações.