A Oji Holdings, uma das principais fabricantes de fraldas do Japão, está fazendo uma grande mudança em sua linha de produção.
A empresa anunciou que vai deixar de fabricar fraldas para bebês e focar nas fraldas para adultos, uma decisão que reflete a realidade de uma população que está envelhecendo rapidamente.
O Japão, conhecido por sua população jovem e vibrante no passado, agora vê quase 30% de seus cidadãos com mais de 65 anos. A taxa de natalidade está em declínio, com o número de bebês nascidos em 2023 sendo o mais baixo desde o século 19.
A mudança da Oji Holdings segue uma tendência já observada pela Unicharm, outra gigante do setor, que há mais de uma década vende mais fraldas para adultos do que para bebês. O mercado de fraldas para adultos, avaliado em mais de 2 bilhões de dólares, está em expansão, enquanto o de fraldas para bebês está em queda.
Apesar dos esforços do governo japonês para reverter essa tendência, incluindo programas para crianças e subsídios para casais jovens, a taxa de natalidade continua baixa. Especialistas apontam várias razões para isso, como menos casamentos, mais mulheres trabalhando e o custo crescente para criar filhos.
O primeiro-ministro Fumio Kishida reconheceu a gravidade da situação, afirmando que é um momento decisivo para o Japão. E o país não está sozinho; outras nações asiáticas, como Hong Kong, Cingapura, Taiwan e Coreia do Sul, também enfrentam taxas de natalidade em queda. A China, após o fim da política do filho único, enfrenta desafios demográficos semelhantes.
Enquanto isso, a Oji Holdings continuará a produzir fraldas para bebês em países como Malásia e Indonésia, onde ainda há demanda crescente. Isso ilustra a necessidade de as empresas se adaptarem às mudanças sociais para prosperar.
O Japão está passando por uma transformação demográfica significativa. Com uma população cada vez mais idosa, as empresas estão se ajustando para atender às novas demandas. A estratégia da Oji Holdings de focar em fraldas para adultos é um exemplo de como o país está se preparando para um futuro com mais idosos do que jovens.