Uma equipe de cientistas e médicos desenvolveu e testou um sistema de Inteligência Artificial que aprende e prever o risco de morte prematura devido a doenças crônicas.
Nos testes realizados, eles descobriram que este sistema é mais preciso que os médicos em suas previsões. O desempenho foi muito melhor do que a abordagem atual desenvolvida por especialistas humanos.
O estudo foi publicado pela PLOS ONE em uma edição especial da coleção “Machine Learning in Health and Biomedicine”.
A equipe usou dados de saúde de pouco mais de meio milhão de pessoas com idades entre 40 e 69 anos, recrutadas para o Biobanco do Reino Unido entre 2006 e 2010 e acompanhadas até 2016.
“A saúde preventiva é uma prioridade crescente na luta contra doenças graves, por isso trabalhamos há vários anos para melhorar a precisão da avaliação informatizada dos riscos à saúde”, disse o Dr. Stephen Weng, líder do projeto.
A maioria das aplicações desse sistema concentra-se em uma única área da doença, mas prever a morte devido a vários desfechos diferentes da doença é altamente complexo, especialmente devido aos fatores ambientais e individuais que podem afetá-los.
“Demos um grande passo neste campo desenvolvendo uma abordagem única e holística para prever o risco de morte prematura de uma pessoa através do aprendizado da máquina. Ela usa computadores para construir novos modelos de previsão de risco que levam em conta uma ampla gama de informações demográficas. Fatores biométricos, clínicos e de estilo de vida para cada indivíduo avaliado, até mesmo o consumo dietético de frutas, legumes e carne por dia”, completou.
Os pesquisadores acreditam que a Inteligência Artificial terá um papel vital no desenvolvimento de ferramentas futuras capazes de fornecer medicamentos personalizados, adequando o gerenciamento de riscos a pacientes individuais.