A Make Sunsets é uma empresa que afirma ter lançado balões meteorológicos na estratosfera com o objetivo de liberar partículas refletoras de enxofre, uma forma de geoengenharia solar que visa combater as mudanças climáticas.
A empresa também está tentando vender “créditos de resfriamento” para futuros lançamentos, alegando que cada grama de partículas pode compensar o efeito de aquecimento de uma tonelada de carbono por um ano.
A iniciativa da Make Sunsets tem gerado controvérsia e críticas de cientistas, ambientalistas e especialistas em governança climática, que consideram a geoengenharia solar uma técnica arriscada, prematura e desnecessária. Eles argumentam que a geoengenharia solar pode ter efeitos colaterais perigosos para o meio ambiente e a sociedade, como alterar os padrões de chuva, reduzir a camada de ozônio, provocar conflitos geopolíticos e desviar a atenção da redução das emissões de gases de efeito estufa.
Além disso, eles questionam a credibilidade científica e ética da empresa, que não buscou nenhuma aprovação ou respaldo para seus experimentos, não monitorou os impactos de seus lançamentos e não se envolveu com o público ou as comunidades afetadas. Eles também criticam as alegações da empresa sobre os benefícios dos créditos de resfriamento, que não têm base em evidências nem valor para os mercados de crédito climático.
A geoengenharia solar é um conjunto de tecnologias que visam refletir parte da luz solar de volta ao espaço, imitando um processo natural que ocorre após grandes erupções vulcânicas. A ideia é diminuir o aquecimento global causado pelo acúmulo de gases de efeito estufa na atmosfera. Uma das técnicas mais propostas é a injeção de aerossol na estratosfera, que consiste em liberar partículas refletoras como o dióxido de enxofre.
A geoengenharia solar é apoiada por alguns defensores como Bill Gates, que doou milhões para pesquisas na área, e por um centro de pesquisa na Universidade Harvard (EUA), que planeja realizar um experimento estratosférico de pequena escala chamado SCoPEx. No entanto, a geoengenharia solar ainda é uma área pouco estudada e controversa, que enfrenta desafios científicos, políticos e éticos. Alguns cientistas pedem a proibição do desenvolvimento da técnica, enquanto outros defendem a necessidade de mais pesquisas e governança.
A Make Sunsets é uma startup fundada por Luke Iseman, ex-diretor de hardware da Y Combinator, que diz ter realizado dois lançamentos de balão no México em abril deste ano, sem qualquer tipo de autorização ou monitoramento. Ele afirma que a empresa tem como missão “conseguir o máximo de resfriamento o mais rápido possível, com responsabilidade”, e que espera impulsionar o debate público e o campo científico sobre a geoengenharia solar. Ele reconhece que sua iniciativa é parte empreendedorismo e parte provocação, um ato de ativismo da geoengenharia.
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