Na sexta-feira, reguladores europeus proibiram uma classe amplamente usada de pesticidas chamada neonicotinoides, um movimento chamado de “grande vitória” e “inovador” por ativistas por poupar a vida das abelhas, essenciais ao equilíbrio do ecossistema.
“A proibição inovadora da UE aos pesticidas neonicotinoides que matam abelhas é uma grande vitória para os polinizadores, para as pessoas e para o planeta”, disse Tiffany Finck-Haynes, ativista sênior da Friends of the Earth (Amigos da Terra).
A diretora do programa de saúde ambiental do Centro Europeu para a Diversidade Biológica, Lori Ann Burd, chamou a iniciativa de uma vitória da “regulamentação de pesticidas baseada na ciência”.
De acordo com uma declaração recente da União Europeia, os três tipos de pesticidas neonicotinoides — imidacloprida, clotianidina e tiametoxam — só serão permitidos em estufas permanentes que não abriguem abelhas. As novas regulamentações devem entrar em vigor até o final deste ano.
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Vários estudos mostraram ligações entre o uso de neonicotinoides e a diminuição das populações de abelhas.
“A saúde das abelhas continua sendo de extrema importância para mim, uma vez que diz respeito à biodiversidade, à produção de alimentos e ao meio ambiente”, afirmou o comissário europeu para saúde e segurança alimentar, Vytenis Andriukaitis, ao jornal The Guardian.
Martin Dermine, da Rede Europeia de Ação contra Pesticidas, também elogiou a proibição, afirmando que “autorizar os neonicotinoides durante um quarto de século foi um erro e levou a um desastre ambiental. A votação de hoje é histórica”.
“A maioria dos países membros deu um sinal claro de que nossa agricultura precisa de transição”, acrescentou Dermine. “Usar pesticidas que matam abelhas não pode mais ser permitido e apenas práticas sustentáveis devem ser usadas para produzir nossos alimentos”.
Além disso, os críticos dos pesticidas também apontaram para os desenvolvimentos ambientais dos EUA.
“Embora os apicultores dos EUA tenham relatado perdas catastróficas novamente neste inverno, ao invés de proibir esses perigosos pesticidas, a agência americana está considerando aumentar o uso em 165 milhões de acres”, observou.