O Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequena Empresa (PIPE) tem papel fundamental no apoio a empreendedores e a projetos de inovação tecnológica. O resultado direto é a criação de empresas inovadoras, que geram mais receita para o Estado na forma de tributos.
O destaque foi feito por participantes do Diálogo sobre Apoio à Pesquisa para Inovação na Pequena Empresa, realizado no dia 24 de junho na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo como parte da programação do Ciclo ILP-FAPESP de Ciência e Inovação, uma parceria entre o Instituto do Legislativo Paulista (ILP) e a FAPESP.
No evento, empreendedores dispostos a submeter projetos ao PIPE puderam tirar dúvidas antes do fim do prazo do 3º ciclo de análise de 2019, em 29 de julho.
“O PIPE expressa uma face muito visível e desejada pela sociedade, que é encontrar bons resultados das pesquisas financiadas pela FAPESP”, disse Carlos Américo Pacheco, diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo (CTA) da FAPESP, durante a abertura do evento.
Além disso, o PIPE atua em uma fase inicial da empresa, normalmente mais difícil para conseguir recursos.
“É muito importante o que a FAPESP e o PIPE fazem, porque eles entram em um estágio onde é muito difícil conseguir investimento da iniciativa privada”, disse o deputado estadual Sérgio Victor, presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Informação da Alesp.
Sérgio Queiroz, coordenador adjunto de Pesquisa para Inovação da FAPESP, explicou que uma das principais condições para ter um projeto aprovado no programa é que haja um desafio de pesquisa.
“O PIPE existe para a FAPESP ajudar empreendedores a correrem risco tecnológico. Sempre existe incerteza quando há um desafio de pesquisa. Já o risco comercial é por conta da empresa”, disse Queiroz.
No entanto, não há impedimentos para um projeto ter fontes complementares, tanto para a pesquisa como para outros setores da empresa, seja de outras agências de fomento ou de investidores privados.
“Há muito mais flexibilidade para executar o projeto se houver um investidor anjo apoiando, por exemplo”, disse Fábio Kon, coordenador adjunto de Pesquisa para Inovação da FAPESP.
Para o 3º ciclo de análise de 2019 do PIPE, estão reservados até R$ 15 milhões para atendimento às propostas selecionadas, que devem conter projetos de pesquisa que possam ser desenvolvidos em duas etapas: 1) demonstração da viabilidade tecnológica de produto ou processo, com duração máxima de nove meses e recursos de até R$ 200 mil; 2) desenvolvimento do produto ou processo inovador, com duração máxima de 24 meses e recursos de até R$ 1 milhão.
Podem apresentar propostas pesquisadores vinculados a empresas com até 250 empregados, com unidade de pesquisa e desenvolvimento no Estado de São Paulo.
A chamada para o 3º ciclo de 2019 do PIPE está disponível em: www.fapesp.br/pipe/chamada-3-2019.
Mais informações sobre o PIPE: www.fapesp.br/pipe.
Diálogos
Os Diálogos sobre Apoio à Pesquisa para Inovação na Pequena Empresa são realizados a cada três meses em São Paulo, com edições no interior paulista.
Segundo Pacheco, a ideia de tais encontros é justamente apoiar os proponentes na elaboração dos melhores projetos possíveis. “O que nos interessa é o sucesso desses pequenos empreendimentos inovadores. Estamos aportando recursos públicos e desejamos perenidade, sucesso e que elas cresçam e gerem empregos e renda”, disse o diretor-presidente do CTA da FAPESP.
O evento foi realizado em parceria com o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), o Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo (Simpi) e o Desenvolve SP.
Participaram ainda do evento Patrícia Pereira Tedeschi, gerente de Pesquisa para Inovação da FAPESP e Vinicius Schurgelies, diretor-presidente do Instituto Legislativo de São Paulo.
Os melhores momentos do Diálogos ocorrido na Alesp podem ser vistos em: www.youtube.com/watch?v=3f3nWamzB-s.