O Supremo Tribunal da Espanha confirmou nesta quarta-feira (3) a prisão de quatro anos e seis meses do ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) Rodrigo Rato por má utilização de verbas. Ele deverá ser detido em breve.
Em fevereiro de 2017, Rato foi considerado culpado pelo Tribunal Nacional de Madri de pagar despesas pessoais com cartões de crédito colocados à sua disposição quando ele era o chefe dos bancos Caja Madrid e Bankia. Nesse período, estas instituições financeiras estavam precisando de ajuda estatal para não quebrar.
Rato tem 69 anos, foi também foi ministro da economia, e estava em liberdade sob fiança.
Seu caso causou indignação na Espanha, que viu sua taxa de desemprego disparar após a crise econômica de 2008.
Além de Rato outros 64 ex-executivos e membros do conselho em ambos os bancos foram acusados de abusar de um total de US$ 13,8 milhões entre 2003 e 2012 com despesas pessoais.
Alguns dos gastos deles incluem gasolina para seus carros, compras em supermercados, feriados caros, bolsas de luxo e festas em boates.
Um dos executivos, Miguel Blesa, antecessor de Rato na Caja Madrid, foi condenado a seis anos de prisão.
Em julho de 2017, Blesa foi encontrado morto com um tiro no peito em uma propriedade particular de caça no sul da Espanha.
Uma autópsia determinou que foi suicídio.
Por Sputnik Brasil.