A busca por vida extraterrestre é uma das grandes questões da ciência e da humanidade.
Será que estamos sozinhos no universo? Será que há outros seres inteligentes em algum lugar do cosmos? Será que há planetas parecidos com a Terra, onde a vida possa se desenvolver e prosperar?
Essas perguntas têm motivado muitas pesquisas e missões espaciais da Nasa, a agência espacial americana, que tem como um de seus objetivos explorar o universo e buscar sinais de vida fora da Terra.
Nos últimos anos, a Nasa tem feito descobertas e avanços importantes nessa área, graças ao uso de novas tecnologias e instrumentos, como telescópios, sondas e robôs.
Um dos principais focos da Nasa é o nosso próprio sistema solar, onde há vários mundos que podem ter condições favoráveis à vida, como água líquida, temperatura adequada e atmosfera.
Um desses mundos é Marte, o planeta vermelho, que já foi mais quente e úmido no passado, e que pode ter abrigado formas de vida simples, como micróbios. A Nasa tem enviado várias missões a Marte, como o robô Perseverance, que pousou no planeta em fevereiro de 2021, e que tem como uma de suas tarefas coletar amostras de solo e rochas que possam conter vestígios de vida antiga.
Outro mundo que desperta o interesse da Nasa é Europa, uma das luas de Júpiter, que tem um oceano subterrâneo de água salgada sob uma crosta de gelo. Esse oceano pode ser aquecido por fontes hidrotermais, que são aberturas no fundo do mar que liberam calor e minerais, e que na Terra são habitats de diversas formas de vida. A Nasa planeja enviar uma sonda a Europa na década de 2020, para estudar sua superfície, seu oceano e sua potencial habitabilidade.
Além do sistema solar, a Nasa também tem explorado o espaço profundo, em busca de planetas que orbitam outras estrelas, chamados de exoplanetas. Esses planetas são muito distantes e difíceis de observar diretamente, mas a Nasa usa telescópios espaciais, como o Hubble e o James Webb, para analisar a luz que eles refletem de suas estrelas, e assim inferir algumas de suas características, como tamanho, massa, temperatura e composição atmosférica.
A Nasa já descobriu mais de 4 mil exoplanetas, sendo que alguns deles estão na chamada zona habitável, ou seja, a uma distância de suas estrelas que permite a existência de água líquida em sua superfície. Um exemplo é o planeta K2-18b, que está a 120 anos-luz da Terra, e que tem uma atmosfera que pode conter vapor de água e metano, dois possíveis indicadores de vida.
A cientista-chefe da Nasa, Ellen Stofan, disse em 2015 que acredita que encontraremos sinais de vida fora da Terra em até 10 anos, e provas definitivas disso em até 20 anos. Ela afirmou que a Nasa tem muitas evidências de que existe vida fora da Terra, em especial em Vênus, nosso vizinho mais próximo, que tem uma atmosfera que pode abrigar formas de vida microscópicas.
O chefe da Nasa, Bill Nelson, também disse em 2021 que provavelmente não estamos sozinhos, e que há vida fora da Terra. Ele destacou que a grandeza do universo abriga alguns mistérios, e que há até teorias de que podem existir outros universos. Ele ressaltou que a busca por vida extraterrestre é um dos focos de explorações da Nasa, e que pilotos da Marinha já relataram mais de 300 avistamentos de objetos voadores não identificados (OVNIs) desde 2004.
A possibilidade de haver vida inteligente em outros lugares do universo reforça a importância de cuidarmos do nosso planeta e da forma como nos relacionamos uns com os outros, segundo Nelson. Ele disse que a Nasa tem como missão responder a algumas perguntas sobre a origem e o destino da vida na Terra e no universo.