Demorou algum tempo até que os grandes nomes por trás da maior rede social da atualidade, viessem a público admitirem que suas empresas influenciam diretamente na política ao redor do mundo.
Podemos dizer que a gota d’água foi o aumento da propagação de notícias falsas. As famosas Fake News, fizeram com que que as empresas investissem milhares de dólares para conseguirem um modo de barrar conteúdo desse tipo.
O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou que em 2018 a empresa vai tomar providências em relação a disseminação de ódio, assédio e abuso. Ele informou também, que o feed de notícias vai destacar mais os posts de amigos do que de empresas.
São medidas que podem ser tardias, já que há anos o problema existe e nunca foi combatido por essas empresas. Há quem diga que o Facebook só está tomando essas ações por conta do resultado das eleições nos EUA. Tanto do lado do Presidente Donald Trump, quando da oposição, há todos os elementos que a rede social tenta combater.
Mea-culpa
Nesta segunda-feira (22), Samidh Chakrabarti, um dos executivos do Facebook, reconheceu que as redes sociais podem prejudicar diretamente as sociedades democráticas.
“Em 2016, nós, no Facebook, fomos muito lentos para reconhecer como atores ruins estavam abusando da nossa plataforma”, disse ele.
Já Katie Harbath, responsável pela equipe do Facebook que fecha parcerias com governos, afirma que a empresa pretende lutar contra as influências negativas para garantir que a plataforma não seja usada para influenciar a democracia.
Esse tipo de conteúdo ainda continua longe de ser barrado. As medidas tomadas pelo Facebook, podem surtir efeito já nas eleições brasileiras no fim desse ano, mas não será suficiente. Até hoje, não existe uma tecnologia capaz de barrar o compartilhamento de notícias falsas por meio de mensagens, seja nos aplicativos ou mesmo por SMS.