Todo ano, a ONU (Organização das Nações Unidas), divulga o Informe Mundial de Felicidade. O ranking de 2018 apontou a Finlândia como o país mais feliz do mundo para se viver, ficando à frente da Islândia, Suíça, Holanda, Canadá, Nova Zelândia, Suécia e Austrália.
Os habitantes da Finlândia não são os mais extrovertidos e, por esse motivo a notícia foi recebida com surpresa pelos próprios finlandeses. “Quando ouvimos isso, pensamos que se tratasse de um erro”, diverte-se Ulla-Maija Rouhiainen, aposentada de 64 anos que mora em Helsinque.
Contudo, este informe não mede risos ou alegria, mas sim a satisfação das necessidades básicas.
Entre os pontos positivos da Finlândia está a diminuição da desigualdade social. O país, juntamente à Noruega são as únicas regiões europeias que conseguiram baixar o número de pessoas em situação de precariedade entre 2014 e 2016, segundo um estudo da Fundação Abbé-Pierre e da Federação Europeia de Associações Nacionais.
Outra coisa é a indiscutível qualidade de vida. Isso ocorre porque o sistema de saúde é eficiente, os horários de trabalho são flexíveis e as licenças parentais são generosas. Assim é possível conciliar vida profissional e familiar.
E por último, mas não menos importante – ainda mais para nós brasileiros – está o serviço público de qualidade. 81% dos finlandeses têm confiança nas suas escolas, enquanto 75% confiam na justiça.
O que não podemos deixar de destacar é que ainda assim a Finlândia continua com uma taxa altíssima de suicídios. Cerca de 14,1 de 100.000 (dados de 2014), assim como é alto o consumo de álcool e de antidepressivos.
Ah, e para quem ficou curioso em saber em que lugar do ranking está o Brasil, lá vai: estamos no 28º lugar entre os povos mais felizes. Bem atrás dos mexicanos e à frente dos argentinos, dos uruguaios e dos colombianos.