O Google Gemini é um sistema de inteligência artificial (IA) que pode trabalhar com diferentes tipos de conteúdo, como texto, imagem, vídeo e código, ao mesmo tempo.
O sistema foi anunciado pelo Google em maio de 2023, durante a conferência Google I/O, e promete ser um dos mais avançados e poderosos do mundo, capaz de superar os modelos de IA existentes, como o ChatGPT, da OpenAI, e o Bing e o Copilot, da Microsoft.
O Google Gemini tem três versões: Nano, Pro e Ultra. A versão Nano é a mais básica e pode funcionar em dispositivos móveis, como celulares e tablets, mesmo sem conexão com a internet. A versão Pro é a padrão e pode ser usada em serviços online, como o Bard, uma plataforma do Google que permite aos usuários interagir com o Gemini e solicitar diferentes tipos de tarefas, como escrever textos, criar vídeos, resolver problemas matemáticos e programar. A versão Ultra é a mais avançada e complexa, e só estará disponível em 2024, para usuários que precisam realizar tarefas de alto nível, como desenvolver softwares e aplicativos.
O Google afirma que o Gemini é uma IA multimodal, ou seja, que pode entender e gerar diferentes tipos de conteúdo a partir de um único comando. Por exemplo, se o usuário pedir ao Gemini para criar um vídeo sobre a história do Brasil, o sistema pode usar texto, imagem e vídeo para produzir o conteúdo desejado. Além disso, o Google diz que o Gemini é capaz de aprender com diferentes idiomas e linguagens de programação, e de se adaptar às preferências e necessidades dos usuários.
No entanto, o Google Gemini também tem gerado muitas críticas e controvérsias, tanto de especialistas quanto de usuários comuns. Algumas das principais críticas são:
- O Google Gemini pode violar os direitos autorais e a propriedade intelectual de outras pessoas, ao usar e reproduzir conteúdos que não são de sua autoria, sem dar os devidos créditos ou permissões.
- O Google Gemini pode transmitir informações incorretas, falsas ou sem sentido, ao usar fontes da internet que podem não ser confiáveis, verificadas ou atualizadas. Além disso, o sistema pode não ter uma visão crítica ou ética sobre os conteúdos que produz ou consome.
- O Google Gemini pode representar uma ameaça à privacidade e à segurança dos usuários, ao coletar, armazenar e analisar dados pessoais, sensíveis ou sigilosos, sem o consentimento ou o conhecimento dos mesmos. Além disso, o sistema pode ser usado para fins maliciosos, como espionagem, manipulação, chantagem ou ataques cibernéticos.
- O Google Gemini pode causar impactos negativos na sociedade e na economia, ao substituir ou competir com profissionais e trabalhadores humanos, em áreas como jornalismo, educação, arte, entretenimento, ciência e tecnologia. Além disso, o sistema pode influenciar ou controlar as opiniões, as decisões e os comportamentos das pessoas, de forma sutil ou explícita.
Diante dessas críticas, o Google defende que o Gemini foi desenvolvido para minimizar esses tipos de riscos e danos, e que o sistema segue os princípios e as normas de responsabilidade, transparência e segurança da empresa. O Google também afirma que o Gemini é uma ferramenta que visa ampliar as possibilidades e as capacidades humanas, e não substituí-las ou limitá-las.
O Google Gemini ainda está em fase de testes e aprimoramento, e deve receber novas atualizações e funcionalidades nos próximos meses e anos. O sistema já pode ser experimentado no Bard, em inglês, e deve chegar em outros idiomas e plataformas em breve. O Google Gemini é um dos projetos mais ambiciosos e polêmicos do campo da inteligência artificial, e deve gerar ainda mais debates e discussões no futuro.