Depois de mais de 40 dias parados, trabalhadores do ensino público de Mato Grosso podem voltar ao trabalho nos próximos dias.
Numa reunião do sindicato da categoria com representantes do governo do estado, ficou acertado que o governo vai pagar, em duas parcelas, os dias cortados de maio e junho. Em contrapartida, os servidores devem encerram a greve e retomar as aulas até seguda-feira (15).
O presidente do Sintep, Valdeir Pereira, afirma que também foi apresentada a proposta de, a cada quatro meses, o governo avaliar a possibilidade de reajuste salarial de acordo com a evolução das receitas e dos ajustes nas contas públicas.
O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso estima que 60% das escolas estejam paralisadas por conta da greve. A principal reivindicação é o reajuste salarial anual de 7,69%, previsto em lei. A categoria também pede o pagamento da Revisão Geral Anual, mas o governo argumenta que já estourou a Lei de Responsabilidade Fiscal em 11%.
Da pauta de greve, já foram atendidas demandas como convocação do cadastro reserva do concurso de 2017.
De acordo com a Secretaria de Educação, serão chamados 681 profissionais para atuarem em várias escolas estaduais, sendo 221 professores, 300 administrativos e 160 técnicos administrativos educacionais.
O governo também concordou em pagar 1/3 de férias dos servidores contratados a partir deste ano e garantir cerca de R$28 milhões para substituições de servidores efetivos afastados para qualificação profissional, licença-prêmio ou aposentadoria.
A melhoria na infraestrutura das escolas, outra reivindicação dos trabalhadores em greve, deve contar com um aporte de R$ 35 milhões.