Em relatório da Space.com, astrônomos afirmam ter registrado um aumento das “lâminas” ou “asas” saindo de uma enorme tempestade na superfície de Júpiter, conhecida como a Grande Mancha Vermelha.
A tempestade, que transcorre por centenas de anos no interior da atmosfera de Júpiter, parece estar “se desfazendo”, afirmam astrônomos, observando os grandes “flocos” saindo do perímetro do local.
Astrônomos também notaram um aumento na frequência e no tamanho, além de diversos avistamentos de plumas se estendendo a 10.000 quilômetros, conforme o Daily Mail.
No momento, não se sabe o que está causando o fenômeno, entretanto, Glenn Orton, cientista da NASA, afirma que alguns especialistas acreditam que o fenômeno esteja sendo provocado por uma colisão entre o local e um vórtice em direção ao sul.
“Alguns observadores insinuam que essas [lâminas] surgiram com a chegada de vórtices a partir do sul da Grande Mancha Vermelha, deslocando- se para o oeste e entrando em uma área escura ao redor, caracterizada por nuvens profundas, denominadas de ‘Pequena Mancha Vermelha'”, afirmou Orton.
Embora a razão exata para a ocorrência da incomum descamação seja desconhecida, alguns especialistas acreditam que as plumas sejam um efeito colateral do lento e constante declínio da tempestade, que pode desparecer completamente ao longo dos próximos 20 anos.
Isso devido ao fato de que a tempestade já teria encolhido aproximadamente 17 graus desde 1800, quando a Grande Mancha Vermelha correspondia a 56.000 quilômetros, ou seja, quatro vezes o diâmetro da Terra, segundo Orton, ressaltando que, no momento, o local tem aproximadamente 1,3 vez o tamanho da Terra.
O fenômeno deve ser examinado em breve através da sonda Juno da NASA, que terá como objetivo observar a Grande Mancha Vermelha por meio de sensores de gravidade e determinar até que ponto do planeta a tempestade se estende.
Vale ressaltar que a Grande Mancha Vermelha está localizada entre duas correntes de jato que sopram em direções opostas e giram continuamente a tempestade.
Além disso, Orton acredita que mesmo as tempestades mais violentas presentes em nosso Sistema Solar venham a ficar sem combustível.