Os trabalhadores do metrô de São Paulo podem entrar em greve a partir de amanhã (15) em protesto contra a privatização das linhas de metrô e trem e a favor da melhoria do serviço para a população.
A decisão será tomada em assembleia hoje (14) à noite, após uma série de manifestações e paralisações parciais nos últimos dias.
A categoria é contra a publicação de um edital que prevê a terceirização dos serviços de manutenção dos trens da Linha 15 – Prata (monotrilho) e a notícia de que o grupo CCR entrará na Justiça para pedir a anulação da decisão que cancelou o leilão de entrega da linha. Os metroviários também são contra a demissão de três funcionários que atuavam no momento em que duas composições de trens da Linha 15 – Prata colidiram, deixando toda a operação paralisada.
Além da greve, os metroviários também vão realizar um plebiscito no mês de setembro para saber a opinião da população sobre a privatização do metrô, da CPTM e da Sabesp, que também estão no projeto de privatização do governo estadual. A presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa, afirmou que a população é contrária ao projeto de privatização, pois teme o aumento das tarifas e a piora da qualidade do serviço.
A greve dos metroviários pode afetar milhões de usuários que dependem do transporte público na maior cidade do país. Segundo dados do Metrô, cerca de 4 milhões de pessoas utilizam o sistema diariamente. A greve também pode impactar outros setores da economia, como o comércio, a indústria e os serviços.
O governo estadual, por sua vez, defende a privatização como uma forma de reduzir os custos e aumentar a eficiência do transporte público. O governador João Doria disse que o modelo de concessão é uma tendência mundial e que o estado não tem condições de investir na expansão e na modernização do metrô e da CPTM.
A greve dos metroviários é mais um capítulo da disputa entre o governo estadual e os trabalhadores do transporte público, que se arrasta há anos. Em 2014, uma greve geral dos metroviários provocou caos na cidade e resultou na demissão de mais de 40 funcionários. Em 2017, outra greve parcial afetou as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata. Em 2018, uma greve surpresa atingiu as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 5-Lilás.
A expectativa é que a assembleia dos metroviários defina os rumos da mobilização e as possíveis alternativas para evitar a greve ou minimizar os transtornos para a população. Caso a greve seja confirmada, os usuários devem buscar outras formas de transporte, como ônibus, bicicleta ou aplicativos de carona. O Metrô informou que vai acionar o Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência (Paese), que prevê o reforço na frota de ônibus para atender as áreas afetadas pela paralisação.
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