Boris Johnson e Jeremy Hunt prometeram gastar bilhões de libras esterlinas em projetos de serviços públicos e infraestrutura, mas também acenaram com cortes de impostos. Os dois políticos batalham pelo cargo de primeiro-ministro do Reino Unidos. Cada um tenta se vender como o melhor candidato para enfrentar o Partido Trabalhista, da oposição.
Os rivais, que lutam pela sucessão de Theresa May na liderança do Partido Conservador governista, definiram planos para obter um apoio político mais amplo, investindo em educação, transporte e defesa, mesmo que isso signifique maior endividamento do governo. A corrida deve terminar em 23 de julho.
Johnson, o favorito, prometeu aumentar os gastos com educação, aumentando as promessas anteriores de mais investimentos em transporte, banda larga super rápida, mais policiamento e cortes de impostos.
Ministro das Relações Exteriores, Hunt prometeu reduzir o imposto sobre as empresas, mesmo no caso do Brexit ser consumado sem acordo e sem controle, para impulsionar o crescimento econômico e gerar fundos para investir mais em assistência social, defesa e educação.
“Acredite em mim, há dinheiro disponível agora”, disse Johnson à Sky News. “[E] eu estou preparado para pegar dinheiro emprestado para financiar grandes objetivos, mas no geral vamos manter a responsabilidade fiscal.”
Com a Grã-Bretanha perto do prazo para deixar a União Europeia (31 de outubro), grande parte do debate gira em torno de como os dois candidatos afastariam a quinta maior economia do mundo do maior bloco comercial do mundo sem prejudicar o crescimento do país.
Com o vencedor desse pleito sendo decidido pelos membros do Partido Conservador, que em sua maioria apoiam o Brexit, Jeremy Hunt endureceu sua linguagem, dizendo que tomaria uma decisão no início de outubro para uma saída sem acordo do bloco se não houvesse perspectiva alguma de conseguir um acordo através do parlamento.
O autoproclamado empreendedor disse que um corte na alíquota do imposto corporativo para 12,5%, igualando-se ao nível da Irlanda, e um dos mais baixos em qualquer grande economia, se tornaria ainda mais importante no caso de saída sem negociação do bloco porque apoiaria as empresas no momento de agitação política. A taxa é atualmente de 19%.
Edição: José Romildo