Os próximos quatro anos podem ser ainda mais quentes que os anteriores, com temperaturas superiores às previsões dos modelos climáticos, alertou um estudo publicado nesta terça-feira (14) sobre as mudanças térmicas decorrentes do aquecimento global.
Entre 2018 e 2022, as variações da temperatura média anual dependem da mudança climática provocada pela atividade humana, mas também pela variabilidade intrínseca do clima, o que dificulta as previsões de um ano em relação a outro.
Para que as previsões sejam mais exatas, uma equipe científica inventou um novo sistema de previsões batizado ProCast (probabilistic forecast), baseado em um método estatístico e nos modelos climáticos já existentes.
Esse algoritmo prevê para os próximos quatro anos “um período mais quente do que o normal”, que “reforçará de maneira temporária” o aquecimento global, segundo o estudo publicado na revista científica Nature Communications que insiste na ideia de que as mudanças climáticas “não são um processo linear e monótono”.
VEJA MAIS:
– Curta a página da W Rádio Brasil no Facebook!
– Câmara aprova cinco projetos apresentados por Marielle
Aumento anormal das temperaturas do mar
Entre 2018 e 2022, o aumento vinculado à variabilidade natural do clima será “equivalente ao aquecimento climático antrópico”. Isso fará com que o aumento da temperatura média seja duas vezes mais elevado que o provocado pela atividade humana, explicou à AFP o principal autor do estudo, Florian Sévellec, membro do Laboratório de oceanografia física e espacial do prestigiado CNRS (Centro Nacional de Pesquisas Científicas), na França.
Segundo este estudo, o risco de um aumento anormal das temperaturas do mar será maior, propiciando furacões.
Os últimos três anos foram os mais quentes desde que as temperaturas começaram a ser registradas. Apesar do Acordo do Clima de Paris, em 2015, o planeta se dirige a um aumento de 3°C em relação à época pré-industrial.