O secretário de Previdência do Ministério da Economia, Rogério Marinho, disse que a reforma da Previdência não é uma panacéia para resolver os problemas da economia, mas será um ponto fundamental para a recuperação do país nos próximos anos. Ele participou de um seminário no Rio sobre a reforma do sistema previdenciário, na noite desta quinta-feira (30), e explicou como uma nova Previdência ajudará no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no futuro.
“A reforma não é uma panacéia. Não é ela que vai resolver a situação econômica do Brasil. Mas a reestruturação do sistema previdenciário vai evitar que continue a haver a pressão que existe hoje nas nossas contas públicas. Porque é a Previdência o gasto que mais sobe no país. O ano passado foram dispendidos pelo governo federal mais de R$ 700 bilhões nas áreas de Previdência e assistência. Enquanto que para a educação foram R$ 70 bilhões, dez vezes menos, e para a saúde, R$ 115 bilhões, seis vezes menos. Quanto maior essa pressão sobre o Orçamento, menor a capacidade do governo em fazer frente às demandas que são legítimas da população”, disse.
Marinho disse que a aprovação da reforma da Previdência vai sinalizar aos investidores, internos e externos, um cenário mais estável e de fundamentos sólido, favorecendo o ingresso de recursos importantes para a retomada do desenvolvimento do país.
“É evidente que quem vai investir no país, a médio e longo prazo, precisa ter sobretudo previsibilidade, segurança jurídica e a certeza que o país vai honrar seus compromissos. A reformas por si só não resolve os problemas econômicos do Brasil. Mas é o fundamento, a base do que eu denomino um ciclo virtuoso. A partir da reestruturação do sistema previdenciário, há possibilidade de ser implantar outras ações literalmente importantes, como a reestruturação do sistema tributário, uma desoneração da folha de pagamentos, uma redefinição do nosso pacto federativo. Este é um processo que precisa acontecer a partir da estabilidade econômica e do resgate do nosso resgate das nossas condições de saúde fiscal”, disse o secretário.
Edição: Fábio Massalli