Uma nova pesquisa da Universidade de Hong Kong descobriu que o planeta vermelho tem vulcões de lava, estratovulcões, caldeiras e escudos de cinza, além dos grandes vulcões em forma de escudo, como o Olympus Mons.
Esses vulcões têm alto teor de sílica, o que indica um processo complexo de evolução do magma, não conhecido antes. A sílica é um mineral que forma o quartzo e o vidro, e que está presente em muitas rochas terrestres.
O estudo, publicado na revista Nature Astronomy, sugere que o vulcanismo em Marte foi impulsionado por uma forma antiga de reciclagem da crosta, chamada de tectônica vertical. Esse processo consiste no colapso da crosta para dentro do manto, onde as rochas se derretem novamente, gerando magmas com alta sílica.
Esse processo é hipotetizado ter ocorrido na Terra antiga, mas as evidências são obscurecidas pela atividade geológica posterior. Por isso, explorar outros planetas como Marte, que tem vulcanismo mas não tem tectônica de placas, pode ajudar a revelar os mistérios da reciclagem da crosta em ambos os planetas, e como isso influenciou a evolução deles.
O professor Michalski afirmou: “Marte contém peças de quebra-cabeça geológico que nos ajudam a entender não apenas esse planeta, mas também a Terra. O vulcanismo marciano é muito mais complexo e diverso do que se pensava anteriormente.”
Esse é um achado importante, pois pode trazer novas informações sobre a história e a geologia de Marte, e também sobre a origem e a evolução da vida na Terra. Afinal, os vulcões podem ter um papel fundamental na criação e na manutenção de condições favoráveis à vida, como a atmosfera, o clima e os recursos hídricos.
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