Até o momento, sabemos que as moléculas orgânicas, de metano e aminoácidos, existem no espaço, e talvez parte dessas moléculas tenha sido trazida para o nosso planeta por meio de asteroides contendo carbono.
Cientistas, que estudam essas antigas rochas na África do Sul, podem ter descoberto evidências dos exemplos mais antigos dessas moléculas extraterrestres.
A pequena cadeia montanhosa, conhecida como Montanhas Makhonjwa ou Cinturão Greenstone Barbeton, está localizada no leste da África do Sul e de Suazilândia.
Essa cadeia montanhosa possui um sedimento de 7 a 20 metros de rochas vulcânicas de 3,3bilhões de anos, conhecido como Josefdal Chert, conforme o portal Gizmodo.
Entre as camadas de cinza vulcânica há camadas de carbono, sedimentadas durante os períodos de baixa atividade vulcânica, fazendo com que toda a região pareça ter sido alterada pela presença de água, segundo artigo publicado pela revista Geochimica et Cosmochimica Acta.
Os pesquisadores analisaram diversas amostras do tamanho de um selo postal coletadas durante trabalho de campo, dividindo essas amostras em dezenas de partes e as analisando através de microscópios eletrônicos, acelerador de prótons e partículas e ressonância paramagnética eletrônica de ondas contínuas.
Com isso, foi medido como os elétrons das amostras responderam ao campo magnético que sofria alterações lentamente, encontrando diferentes tipos de sinais, que na maioria deles eram sinais de carbono encontrados em outras partes da Terra, sendo supostamente como meteoritos contendo carbono.
A presença de um número suficiente de materiais orgânicos presentes na área depois de 3,3 bilhões de anos foi uma grande surpresa para os pesquisadores, que supuseram que a camada foi formada após o impacto de um meteoro.
Segundo a New Scientist, encontrar camadas de carbono orgânico extraterrestre de asteroides pode dificultar significativamente os esforços para encontrar bioassinaturas de semelhante aparência em outros planetas, como Marte.