Apesar de perder a partida por 4 a 2, a seleção croata foi aplaudida de pé pela torcida que acompanhou o jogo em São Paulo.
Mais de 300 pessoas lotaram o auditório da Associação Croatia Sacra Paulistana, na zona sul da cidade, para acompanhar o feito inédito da equipe que disputou uma final, pela primeira vez.
Pessoas de todas as idades. Dona Maia Jaksic [Iatchiti], com 80 anos e há mais de 60 no Brasil, não ficou em casa para ver o jogo sozinha. Questão de amor, explicou.
“Era minha terra apesar que agora também tenho filhos brasileiros, netos brasileiros. Mas sempre tem um amor, no fundo, para pátria, né?”.
O quadriculado vermelho e branco do brasão da bandeira era quase uma unanimidade no lugar.
Pratos típicos como o tchevabe, uma espécie de línguiça de carne de carneiro e capirinha de Slivovica [Xilitoviza], um destilado a base de ameixa preta, ajudaram embalaram a festa desde o começo até o final.
E foi assim, em clima de encontro de família, que Croatas de nascença e descendentes acompanharam uma partida emocionante, com direito a gol de falta, contra-ataques fulminantes, dúvida do juíz até com a ajuda do árbitro de vídeo e até a invasão do campo por opositores do presidente russo, Vladimir Putin.
VEJA MAIS:
– Ayrton Senna pode entrar para o Livro dos Heróis da Pátria
– Curta a página da W Rádio Brasil no Facebook!
– Manaus reforça plano de ações para conter avanço do sarampo; foram confirmados 317 casos da doença
Todos se emocionaram com a determinação do time, que lutou muito para garantir a vaga na final e não desistiu de buscar a virada contra a França mesmo com o placar bem desfavorável.
“Lutou. Ele lutou em todos os outros jogos que foi em prorrogaçaõ, foi pênalti. Não ganhou, mas lutou até o final. Isso é o que importa.”
Rafael Seedk [Chedek], que é neto de croata, nem conseguiu terminar a entrevista. Interrompeu a conversa para gritar, na língua da avó, o nome do pequeno país do Mediterrâneo.
“Você está emocionado? Nevras!”.
Não existe uma estimativa precisa do tamanho da população croata no Brasil. As estimativas variam entre 20 mil a 120 mil pessoas em todo o país. É que o pequeno país de 4,4 milhões de habitantes só foi reconhecido em 1991. Por Radioagência Nacional.