Dia 1º de abril vem aí e apesar de ser uma data conhecida como o único dia do ano em que é permitido espalhar “fake news” (com responsabilidade), é importante ter em mente que o ato de mentir nem sempre é leve e engraçado para quem sofre do distúrbio da Mitomania.
Mentir para evitar situações constrangedoras ou para agradar alguém é algo normal. Contudo, a linha tênue está em perceber quando mentiras são contadas a todo tempo, por qualquer motivo. Tanto que a pessoa passa a acreditar naquilo, estendendo o caos. É nesse estágio que inicia o drama da Mitomania.
De acordo com a psicóloga Sarah Lopes, do Hapvida Saúde, a mitomania é um quadro psiquiátrico, e pessoas próximas devem fazer o alerta, já que muitos que possuem a doença não estão cientes de suas criações.
“O distúrbio envolve uma mania por mentiras, mesmo que não haja necessidade alguma. Semelhante ao quadro compulsivo, o sujeito, na maioria das vezes, não percebe que está mentindo”, explica.
Quando alguém mente demais, geralmente passa a não ser mais levado a sério. E essa falta de atenção e seriedade com o problema é o que pode agravar a situação. Diante disso, a especialista ressalta a importância de buscar tratamento psiquiátrico. “A mitomania pode ser vista até como brincadeira, muitas vezes acaba sendo a marca registrada de alguém, mas, é um transtorno psiquiátrico e deve ser tratado”.
Para realizar esse tipo de diagnóstico, a pessoa geralmente é submetida a avaliação clínica, com ajuda da observação de familiares. Na maioria das vezes a psicoterapia pode ser eficiente, porém nos casos graves, recomenda-se o uso de psicotrópicos.