Segundo Márcia Cavallari, diretora-executiva do Ibope, a última pesquisa mostra que há homogeneidade entre os eleitores de Jair Bolsonaro.
O candidato vence entre homens com 58% das intenções de votos, contra 33% de Haddad, entre as mulheres com 46% de votos contra 40%, independente da faixa etária.
Também há preferência entre brancos 60% contra 40% de votos, entre pretos e pardos com 47% contra 41% e outras raças ou cores com 52% para Bolsonaro contra 39% de Haddad.
Também há preferência por Bolsonaro entre evangélicos com 66% contra 24%, entre católicos com 48% contra 42%, e pessoas de outras religiões com 44% contra 40%.
Por outro lado há diferenças em votos de em relação a região geográfica, Fernando Haddad vence em três estados, sendo favorito na Região Nordeste, segundo a Pesquisa, com 57% contra 33%. Também tem preferência entre eleitores com apenas o ensino fundamental e pessoas com até um salário mínimo. Já Bolsonaro lidera nas demais regiões, faixas de escolaridade e níveis de renda.
Os entrevistados também avaliam que Fernando Haddad “melhor representa os interesses” de pobres, trabalhadores, aposentados e mulheres. A avaliação é de que Jair Bolsonaro “melhor representa os interesses” de ricos, empresários e bancos.
Para o cientista político Malco Camargos, professor da PUC Minas, a campanha de Jair Bolsonaro percebeu esses sentimentos. Evidência disso é o anúncio de que, se eleito o candidato do PSL pretende adotar o “pagamento do 13º” no Programa Bolsa Família – o que também ajuda a desfazer ruído provocado após o posicionamento do general Hamilton Mourão, candidato a vice-presidente na chapa pelo PRTB, contra a forma atual de pagamento do benefício aos trabalhadores com carteira assinada.
O cientista político diz que os dados sobre o candidato do PT indicam que “há percepção entre aqueles que mais demandam políticas públicas de que a vida melhorou no período dos governos petistas”. Conforme o acadêmico, os mais pobres podem temer que essas iniciativas acabem. Com informações da Agência Brasil.