Um experimento revelou evidências de que partículas subatômicas chamadas neutrinos podem viajar mais rápido que a luz, contrariando a teoria da relatividade de Einstein.
A velocidade da luz no vácuo é considerada o limite máximo de velocidade no universo, de acordo com a teoria da relatividade especial de Albert Einstein, formulada em 1905. Essa teoria é um dos pilares da física moderna e estabelece que as leis da física são as mesmas para todos os observadores. Se algo pudesse viajar mais rápido que a luz, essa premissa seria invalidada.
Mas será que isso é possível? Um experimento chamado OPERA (Oscillation Project with Emulsion-tRacking Apparatus), realizado em 2011 no Laboratório Nacional de Gran Sasso, na Itália, afirmou ter documentado neutrinos se movendo mais rápido que a luz. Os neutrinos são partículas fundamentais que não têm carga elétrica, interagem raramente com a matéria e têm uma massa muito pequena. Eles são produzidos em grande quantidade pelo Sol e por outras fontes cósmicas.
O experimento consistiu em disparar um feixe de neutrinos de um acelerador de partículas perto de Genebra, na Suíça, até um laboratório a 730 quilômetros de distância na Itália. Os pesquisadores mediram o tempo que os neutrinos levaram para percorrer essa distância e compararam com o tempo que a luz levaria. Eles encontraram uma diferença de 60 bilionésimos de segundo, o que significa que os neutrinos chegaram mais cedo do que a luz.
Os resultados foram tão surpreendentes que os próprios pesquisadores não acreditaram neles. Eles pediram que outros físicos ao redor do mundo tentassem verificar suas medições com outros experimentos independentes. De fato, um experimento similar já havia sido feito em 2007 nos Estados Unidos, no Fermilab, mas com uma margem de erro maior que colocava em dúvida a observação.
A descoberta dos neutrinos mais rápidos que a luz causou muita polêmica e ceticismo na comunidade científica. Muitos suspeitaram que houvesse algum erro no desenho do experimento, no equipamento usado ou na análise dos dados. Se confirmada, ela teria implicações revolucionárias para a física e para a nossa compreensão do universo.
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