A poluição luminosa é a luz artificial indesejada que se projeta para o céu noturno. Ela torna a atmosfera muito mais brilhante do que o céu noturno natural e afeta significativamente a astronomia.
A poluição luminosa ofusca a luz de objetos fracos como galáxias e nebulosas e aumenta o brilho do fundo do céu ao observar estrelas fracas.
Um estudo recente publicado na revista Science analisou os efeitos crescentes da poluição luminosa na astronomia profissional e amadora. Os autores revisaram os dados de câmeras de céu inteiro instaladas em vários locais do mundo e compararam com modelos de brilho do céu artificial. Eles concluíram que a poluição luminosa pode atingir até 10% do brilho do céu noturno natural, um nível considerado inaceitável pela União Astronômica Internacional (IAU) para os locais de observatório astronômico.
A poluição luminosa não é causada apenas por lâmpadas de rua, edifícios e outras fontes terrestres de luz. Ela também é provocada por satélites artificiais e lixo espacial que orbitam a Terra e refletem a luz solar. Esses objetos podem aparecer como rastros luminosos nas imagens feitas por telescópios terrestres, comprometendo os dados astronômicos e causando a perda irreparável de informações. Além disso, a situação pode piorar com o lançamento de mais satélites, incluindo as chamadas “megaconstelações”, que são projetos de empresas privadas para fornecer serviços de internet via satélite.
A poluição luminosa não afeta apenas os astrônomos profissionais, mas também os amadores que gostam de observar o céu noturno com seus próprios olhos ou com equipamentos simples. A beleza e a diversidade do universo ficam ocultas pelo brilho artificial, reduzindo o interesse e a curiosidade pelo conhecimento científico. Além disso, a poluição luminosa tem impactos negativos na saúde humana, na biodiversidade e no clima.
Para combater a poluição luminosa, é preciso conscientizar o público sobre o valor cultural da astronomia visual ou a olho nu, bem como da ciência e da necessidade de acesso a um céu noturno escuro para a pesquisa astronômica. Também é necessário adotar medidas regulatórias para limitar e controlar as fontes de luz artificial, tanto na superfície quanto no espaço. Algumas iniciativas já existem nesse sentido, como as leis de proteção do céu noturno em alguns países e regiões, e as recomendações da IAU para mitigar os efeitos dos satélites nas observações astronômicas.
A astronomia é uma ciência que nos permite explorar o universo e entender o nosso lugar nele. Ela depende de um recurso natural que está cada vez mais ameaçado pela atividade humana: o céu noturno escuro. Preservá-lo é um dever de todos nós.
Fonte: Link.
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