Você sabia que o brasileiro paga quase 40% do seu Produto Interno Bruto (PIB) em impostos? Isso significa que, de tudo o que é produzido e consumido no país, quase metade vai para os cofres do governo.
Mas o que o governo faz com todo esse dinheiro? Será que ele retorna em serviços públicos de qualidade para a população?
Os gastos exagerados dos políticos
Você já parou para pensar quanto custa manter um político no Brasil? Segundo o portal Contas Abertas, o Congresso Nacional gastou R$ 1,2 bilhão em 2020, um ano marcado pela pandemia e pela redução das atividades parlamentares. Esse valor inclui salários, auxílios, verbas indenizatórias, passagens aéreas, diárias, entre outros benefícios.
Além disso, os políticos contam com uma série de privilégios que aumentam ainda mais os seus gastos. Por exemplo, eles têm direito a carros oficiais, motoristas, seguranças, assessores, planos de saúde, aposentadorias especiais, entre outros. Eles também podem nomear parentes e amigos para cargos públicos sem concurso, o que gera nepotismo e favorecimento.
Todos esses gastos são pagos com o dinheiro dos impostos que nós pagamos. E o pior é que eles não se traduzem em melhorias para a população. Pelo contrário, muitas vezes eles são usados para financiar esquemas de corrupção e desvio de recursos públicos.
A injustiça tributária no Brasil
Outro problema grave do sistema tributário brasileiro é a sua injustiça. Isso porque ele é baseado principalmente em impostos indiretos, ou seja, aqueles que incidem sobre o consumo de bens e serviços. Esses impostos são cobrados de forma igual para todos, independentemente da renda ou da capacidade de pagamento.
Isso significa que uma pessoa que ganha um salário mínimo paga o mesmo imposto que uma pessoa que ganha um milhão de reais ao comprar um pão ou uma garrafa de água. Por isso, os impostos indiretos são chamados de regressivos, pois eles pesam mais no bolso dos mais pobres do que dos mais ricos.
Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), os 10% mais pobres da população gastam 32% da sua renda em impostos, enquanto os 10% mais ricos gastam apenas 21%. Ou seja, há uma inversão da lógica da justiça social, que deveria ser baseada na progressividade dos impostos, ou seja, na cobrança proporcional à renda e à riqueza de cada um.
Os grandes empresários e as grandes fortunas também se beneficiam de isenções, incentivos fiscais e brechas legais que reduzem a sua carga tributária. Além disso, eles contam com mecanismos de sonegação e evasão fiscal que lhes permitem escapar do pagamento de impostos. Segundo a Receita Federal, a sonegação fiscal no Brasil chega a R$ 417 bilhões por ano.
A proposta de redução de impostos
Diante desse cenário, muitos brasileiros defendem a redução dos impostos como forma de estimular o consumo, o emprego e o crescimento econômico. Essa é a tese defendida pelo cientista social Alberto Carlos Almeida no livro “O dedo na ferida: Menos imposto, mais consumo”.
Segundo ele, o brasileiro sabe que paga muito imposto e deseja que os recursos revertam em melhores serviços públicos. Mas, como isso não acontece, ele prefere pagar menos impostos e, com mais dinheiro do salário, pagar por serviços privados (escolas e planos de saúde, entre outros) que funcionem.
Almeida mostra que a população brasileira apoia a redução de impostos, principalmente porque isso a possibilita comprar mais e conseguir empregos melhores. Os brasileiros querem mais autonomia e independência e menos tutela do Estado. Ele também critica a falta de políticos brasileiros dispostos a defender a redução de impostos como promessa de campanha.
Para ele, a redução de impostos seria uma forma de aumentar a competitividade das empresas brasileiras, que hoje sofrem com o chamado “custo Brasil”, que inclui a burocracia, a infraestrutura precária e a carga tributária elevada. Além disso, seria uma forma de aumentar a arrecadação do governo, pois haveria mais pessoas consumindo e trabalhando formalmente.
O problema dos altos impostos no Brasil é um tema que afeta diretamente a vida de todos os cidadãos. É preciso debater e buscar soluções para tornar o sistema tributário mais justo, eficiente e transparente. A redução de impostos é uma proposta que merece ser considerada, pois pode trazer benefícios para a economia e para a sociedade brasileiras.
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