O Brasil é o país do mundo que mais acredita em Deus ou em um poder maior, segundo uma pesquisa realizada pela Ipsos em 26 países.
A pesquisa Global Religion 2023, divulgada em maio de 2023, mostra que 89% dos brasileiros têm alguma crença religiosa, empatando com a África do Sul no topo do ranking. A média global é de 61%.
Mas o que isso significa para a sociedade brasileira? Quais são os benefícios e os desafios de ter uma população tão religiosa? E como o Brasil se compara com outros países em termos de diversidade e tolerância religiosa? Neste post, vamos analisar alguns dos principais dados e reflexões da pesquisa da Ipsos.
Os brasileiros acreditam no paraíso e no inferno
Além de acreditar em Deus ou em um poder maior, os brasileiros também têm uma forte crença na existência do paraíso e do inferno. Segundo a pesquisa da Ipsos, 79% dos brasileiros acreditam no paraíso, empatando com o Peru em primeiro lugar. Já 66% dos brasileiros acreditam no inferno, ficando atrás apenas da Turquia, com 76%.
Esses números mostram que os brasileiros têm uma visão dualista da vida após a morte, baseada na recompensa ou no castigo eterno. Essa visão pode influenciar o comportamento moral e ético dos indivíduos e das instituições, bem como as relações entre diferentes grupos religiosos.
Por outro lado, os países mais céticos em relação ao paraíso e ao inferno são a Bélgica, com 22% e 16%, respectivamente, a França, com 31% e 23%, e o Japão, com 28% e 25%. Esses países tendem a ter uma cultura mais secularizada e pluralista, onde a religião tem menos peso na esfera pública e privada.
Os brasileiros se apoiam na fé para superar crises
Outro dado interessante da pesquisa da Ipsos é que os brasileiros se apoiam na fé para superar crises, como doenças, conflitos e desastres. De acordo com o estudo, 90% dos brasileiros afirmam que Deus ou forças maiores os permitem superar esses desafios, liderando o ranking mundial.
Isso indica que os brasileiros têm uma alta resiliência espiritual, ou seja, a capacidade de usar os recursos da fé para lidar com situações adversas. A fé pode oferecer conforto, esperança, sentido e comunidade para as pessoas que enfrentam dificuldades.
No entanto, isso também pode gerar uma certa passividade ou conformismo diante dos problemas sociais e políticos. Além disso, pode haver um risco de fanatismo ou fundamentalismo religioso, quando as pessoas usam a fé como uma forma de negar ou combater outras visões de mundo.
Em contraste, os países que menos se apoiam na fé para superar crises são o Japão (37%), a Coreia do Sul (50%) e a Suécia (56%). Esses países tendem a ter um maior desenvolvimento humano e social, onde as pessoas contam com mais apoio do Estado e da sociedade civil para enfrentar as adversidades.
Os brasileiros seguem alguma religião, mas nem todos frequentam locais de culto
A pesquisa da Ipsos também revela que os brasileiros seguem alguma religião, mas nem todos frequentam locais de culto. Segundo o levantamento, 76% dos brasileiros afirmam seguir alguma religião, ficando em quarto lugar no ranking mundial. A Índia lidera com 99%, seguida pela Tailândia (98%) e pela Malásia (94%). A média global é de 67%.
No Brasil, a maior parte dos que dizem ter uma religião se denomina cristã (70%). Dentro do cristianismo, há uma grande diversidade de denominações e expressões religiosas. O catolicismo ainda é predominante (50%), mas vem perdendo espaço para o protestantismo (20%), especialmente para as igrejas evangélicas pentecostais.
Apesar da alta adesão religiosa, apenas 49% dos brasileiros afirmam visitar ao menos uma vez ao mês igrejas, templos ou outros locais de culto. Isso significa que há uma parcela significativa de brasileiros que se consideram religiosos, mas não praticantes. Esses brasileiros podem ter uma religiosidade mais individualizada ou alternativa, sem vínculos institucionais.
Por outro lado, os países que mais frequentam locais de culto são a Índia (71%), o Peru (60%) e o México (59%). Já os países que menos frequentam são o Japão (5%), a Suécia (7%) e a Holanda (9%).
A pesquisa da Ipsos mostra que o Brasil é um país muito religioso, tanto em termos de crença quanto de identidade. Os brasileiros têm uma forte fé em Deus ou em um poder maior, no paraíso e no inferno, e na capacidade de superar crises por meio da espiritualidade.
No entanto, isso também traz alguns desafios para a convivência social e democrática. É preciso respeitar e valorizar a diversidade religiosa do país, garantindo os direitos de todas as crenças e não crenças. É preciso também promover o diálogo inter-religioso e o laicismo do Estado, evitando qualquer forma de intolerância ou violência motivada pela religião.
A pesquisa da Ipsos é uma fonte rica de informações e reflexões sobre a religiosidade dos brasileiros. Se você quiser saber mais sobre o assunto, confira o relatório completo no site da Ipsos.
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