Depois de morrer, o Sol se transformará em um anel massivo de gás e pó interestelar luminoso conhecido como “nebulosa planetária”, vai permanecer em tal estado durante vários milhares de anos, e depois vai desaparecer.
Esta conclusão foi apresentada pela equipe internacional de astrônomos em um relatório publicado no dia 7 de maio na revista Nature Astronomy.
Alguns cientistas acreditam que o Sol vai morrer daqui a uns 10 bilhões de anos, mas não sabem o que acontecerá depois. Uma nebulosa planetária marca o final de vida de 90% de todas as estrelas ativas e a transição da estrela de um gigante vermelho a um anão branco degenerado. Desconhecia-se que nossa estrela teria o mesmo destino por acreditar ter massa insuficiente para criar uma nebulosa planetária visível.
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Quando uma estrela morre, expulsa ao espaço uma massa de gás e pó conhecido como “embalagem” que pode chegar a ter até metade de sua massa, explicou o professor da Universidade de Manchester (Reino Unido), Albert Zijlstra, coautor do estudo. “Isso revela que o núcleo da estrela, que nesta etapa de vida já não tem mais combustível, eventualmente está se apagando e finalmente vai morrer”, adicionou.
“É quando o núcleo quente faz com que a envoltura expulsada brilhe intensivamente durante uns 10.000 anos, sendo este um curto período na astronomia, fazendo com que a nebulosa planetária seja visível. Algumas são tão brilhantes que podem ser vistas de distâncias extremamente grandes que medem dezenas de milhões de anos-luz, de onde a estrela seria muito fraca para ser visível”, continuou Zijlstra.
Antes da pesquisa, considerava-se que para gerar uma nebulosa planetária visível era necessário que a estrela pesasse ao menos duas vezes mais do que o Sol. Mas agora os cientistas demostraram que a nossa estrela no final de sua vida também formará uma nebulosa planetária, mesmo não sendo muito brilhante.