O governo anunciou que pretende aumentar o limite de álcool na gasolina de 27,5% para 30%.
A medida tem como objetivo reduzir a dependência de combustíveis fósseis e a emissão de gases de efeito estufa, além de melhorar a independência energética do país. Mas o que isso significa para os consumidores e para os carros?
O etanol é um biocombustível renovável, que é produzido a partir da cana-de-açúcar. Ele evita a emissão de mais de 2,8 milhões de toneladas de CO2 por ano, o que contribui para o combate às mudanças climáticas. O etanol também funciona como um inibidor de detonação, que evita a “batida de pino” nos motores. A “batida de pino” é um fenômeno que ocorre quando o combustível explode antes do tempo ideal, causando perda de potência e danos ao motor.
No entanto, o etanol tem menor poder de combustão que a gasolina, o que significa que o consumo é maior e a autonomia é menor. Isso quer dizer que você vai ter que abastecer mais vezes e, em alguns casos, gastar mais dinheiro. Além disso, o etanol pode causar corrosão, desgaste e dificuldade de partida nos motores a gasolina, especialmente nos mais antigos que têm carburador.
Não há estudos nem comprovação de que os carros mais novos, com injeção direta, podem ser mais afetados por esses problemas.
As vantagens e desvantagens do aumento de etanol na gasolina dependem do tipo de carro que você tem e do preço dos combustíveis. Se você tem um carro flex, você pode escolher entre usar etanol ou gasolina, levando em conta o custo-benefício e o desempenho. Se você tem um carro a gasolina, você pode ter que se adaptar à nova mistura ou optar por uma gasolina aditivada ou premium, que têm menor teor de etanol.