O ciclone extratropical é um fenômeno meteorológico que se forma nas regiões de média e alta latitude, fora da zona dos trópicos, e que pode causar ventos fortes, chuvas intensas e queda de temperatura.
Um ciclone extratropical é resultado do choque entre uma massa de ar frio e uma massa de ar quente, que se encontram em uma região chamada de frente fria. Esse encontro gera uma área de baixa pressão atmosférica, onde o ar tende a subir e formar nuvens carregadas.
Os ciclones extratropicais podem se formar tanto sobre os oceanos quanto sobre o continente, dependendo da distribuição das massas de ar. Eles são comuns no Brasil, principalmente no litoral sul do país, onde há maior influência da massa de ar polar, que vem do Polo Sul.
O último ciclone extratropical que atingiu o território brasileiro aconteceu em junho de 2023 e provocou estragos em vários estados do sul e sudeste. O fenômeno causou chuvas muito volumosas, rajadas de ventos de até 120 km/h e grandes enchentes no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Além disso, o ciclone extratropical fez a temperatura cair bruscamente em várias cidades, chegando a ficar abaixo de zero em algumas delas.
Os ciclones extratropicais são diferentes dos ciclones tropicais, que são aqueles que se formam nas regiões próximas à linha do Equador e que podem dar origem a furacões, tufões e tempestades tropicais. Os ciclones tropicais são alimentados pela evaporação da água do mar, que é mais quente nessas áreas, e têm um formato circular, com um olho no centro.
Os ciclones extratropicais, por sua vez, têm um formato irregular e não possuem um olho definido. Eles são movidos pelo contraste de temperatura entre as massas de ar e podem se deslocar por longas distâncias, afetando várias regiões.