A organização norte-americana Templo Satânico chegou a acordo com a empresa de entretenimento Netflix sobre a ação judicial por alegada violação de direitos autorais, apresentada no início do mês, segundo o comunicado publicado na quarta-feira (21) pelo cofundador da igreja satânica.
No centro dessa controvérsia se encontra a estátua de Baphomet, deus pagão da fertilidade, representado com uma cabeça de carneiro ou de bode, que apareceu em vários capítulos da série “As arrepiantes Aventuras de Sabrina”, produzida pela Warner Bros e distribuída pela Netflix.
“Templo Satânico tem o prazer de anunciar que a ação apresentada recentemente contra Warner Bros e Netflix foi resolvida amistosamente. Os elementos únicos da estátua Baphomet do Templo Satânico foram reconhecidos nos episódios filmados”, lê-se no comunicado.
Além de acusar as companhias de uso não autorizado da imagem do ídolo diabólico, a organização afirmou também que o deus foi erroneamente retratado como símbolo do mal, pois na série se associa com canibalismo, necromancia, assassinato e tortura, enquanto sua missão verdadeira é promover benevolência e empatia entre as pessoas.
Pela violação de direitos autorais, designação falsa da marca e danos à reputação, Templo Satânico inicialmente pediu uma indemnização de mais de 50 milhões de dólares (R$ 190 milhões). No entanto, foi alcançado “um acordo de confidencialidade” que deixa obscuros detalhes do pacto com “o rei das trevas”.