O economista Paulo Guedes, indicado para o Ministério da Fazenda no Governo Bolsonaro, defendeu hoje (30) a independência do Banco Central.
Guedes disse que seria natural manter Ilan Goldfajn como presidente do BC, por ter a mesma posição.
Além disso, ele acredita que seria “a coisa mais natural do mundo” que o governo aprovasse o projeto que prevê a independência da instituição com o apoio dele.
“Isso tem que combinar com a nossa equipe aqui dentro, tem que combinar com o Ilan. Estou dizendo que seria natural”, disse, acrescentando que o convite dependeria da vontade do atual presidente do BC. “Não quero convidar alguém que não tem o desejo de ficar. A motivação é fundamental”, completou.
Guedes também defendeu a aprovação da reforma da Previdência como prioridade para a economia.
“Previdência é mais importante e mais rápida. Privatização é devagar e ao longo do tempo”.
O economista comentou ainda o desempenho do mercado ontem (29), que abriu com dólar em queda e a B3 em alta e depois se inverteu.
Para o economista, a reação foi influenciada por declarações da equipe política do futuro governo.
“Ontem (29) houve gente falando que não tem pressa para fazer reforma da Previdência. Aí o mercado reagiu mal”, disse Paulo Guedes.
Cotado para o Ministério da Economia, Paulo Guedes afirmou que em um eventual cenário de dólar alto por conta de uma crise especulativa, o país pode vender reservas e se aproveitar disso para reduzir sua dívida interna.
“Se houver uma crise especulativa, nós não temos medo nenhum”, disse.