O Wolf 503b, um planeta fora do nosso Sistema Solar duas vezes maior que a Terra, foi descoberto por uma equipe internacional de pesquisadores canadenses, americanos e alemães através dos dados do Telescópio Espacial Kepler da NASA.
A descoberta foi liderada por Merrin Peterson, uma jovem estudante que iniciou seu mestrado recentemente no Instituto de Pesquisa de Exoplanetas (iREx) da Universidade de Montreal.
O Wolf 503b se encontra a cerca de 145 anos-luz da Terra, na constelação da Virgem, completando a órbita em torno de sua estrela a cada seis dias. O que significa que ele está 10 vezes mais próximo de sua estrela do que Mercúrio está do Sol.
Graças ao Telescópio Kepler já sabemos que a maioria dos planetas na Via Láctea tem aproximadamente as dimensões do Wolf 503b, com um tamanho entre a Terra e Netuno (este é 4 vezes maior que a Terra). Como não há nada semelhante ao Wolf 503b em nosso Sistema Solar, os astrônomos se perguntam se esses planetas são “super-Terras” pequenas e rochosas ou mini-versões gasosas de Netuno.
Meet Wolf 503b, an exoplanet 2x the size of ?! It was just discovered by a young Canadian student Merrin Peterson, and @UMontreal Bjorn Benneke, along with an international team.What does this new exoplanet mean for future research? Find out below in our exclusive Q&A with them! pic.twitter.com/RLYK9kVhJn
— Daily Planet (@DailyPlanet) 6 de setembro de 2018
Descoberto o Wolf 503b, um exoplaneta 2x maior que a Terra! Ele foi descoberto por uma jovem estudante canadense, Merrin Peterson e Bjorn Benneke, juntamente da equipe internacional. O que este novo exoplaneta significa para pesquisas futuras? Veja abaixo em nossa entrevista exclusiva com eles!
O Wolf 503b possui um raio próximo da Faixa de Fulton (exoplanetas com dimensões entre 1,75 e 3,5 vezes as da Terra) e possui uma estrela que é suficientemente brilhante para permitir um estudo mais detalhado. Com isso, o grupo de cientistas afirma que o sistema do planeta Wolf 503b é ideal para as próximas pesquisas, tanto com os telescópios modernos como com o telescópio James Webb.
Os especialistas esperam poder calcular a massa do planeta e assim conhecer sua composição, através da técnica chamada de espectroscopia de trânsito. No futuro será possível rastrear a presença de moléculas de hidrogênio e água, estabelecendo se a atmosfera é similar à Terra ou completamente diferente da dos planetas do nosso Sistema Solar.