Uma equipe de cientistas da Universidade de Cambridge conseguiu fazer com que uma mosca das frutas, um animal que normalmente se reproduz de forma sexuada, desse à luz sem a necessidade de um parceiro.
Eles descobriram o gene que controla a partenogênese, o processo de produzir descendentes sem fertilização do óvulo, e o modificaram para induzir o nascimento virginal.
A partenogênese é um fenômeno raro em animais que têm reprodução sexuada, como mamíferos, aves e insetos. Geralmente, ocorre em situações de isolamento prolongado, quando não há machos disponíveis para acasalar. Nesses casos, algumas fêmeas podem gerar filhotes que são clones genéticos delas mesmas.
O nascimento virginal pode ser uma estratégia de sobrevivência para algumas espécies, mas também pode ter desvantagens. Por um lado, reduz a diversidade genética e a capacidade de adaptação dos animais. Por outro lado, pode causar problemas para a agricultura, pois algumas pragas podem se multiplicar rapidamente sem a necessidade de machos.
Os pesquisadores de Cambridge identificaram o gene ZPG como o responsável pela partenogênese na mosca das frutas. Esse gene codifica uma proteína que reconhece o espermatozoide e permite que ele entre no óvulo. Ao desativar esse gene, os cientistas impediram que os óvulos fossem fertilizados e fizeram com que eles se desenvolvessem em embriões por conta própria.
O estudo, publicado na revista Nature Communications, é o primeiro a demonstrar a indução de nascimento virginal em um animal que normalmente se reproduz de forma sexuada. Os autores esperam que sua descoberta possa ajudar a entender melhor os mecanismos moleculares da reprodução e as implicações evolutivas da partenogênese.
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